O 4° Festival Nacional da Juventude Rural da Confederação Nacional dos Trabalhadores (Contag) teve início na terça-feira (25/4) e contou com a participação de mais de 5 mil jovens que vieram de várias regiões do Brasil com ideias e pautas diversas para serem debatidas. Aristides Santos, presidente da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais) que participou nesta sexta-feira (28/4) do CB.Agro — parceria entre o Correio Braziliense e a TV Brasília afirmou que a Contag quer recuperar as políticas públicas perdidas nos últimos seis anos.
“Foi feita uma pauta específica do festival para o governo federal, vários ministérios nos receberam, negociaram, e anunciaram ontem (esta quinta-feira) resultados importantes. Vamos tentar recuperar grande parte das políticas públicas que perdemos ao longo desses 6 anos para a juventude especialmente.”
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O presidente da Contag lembrou do importante papel dos jovens para a agricultura familiar. Segundo ele, a sucessão rural é fundamental para o campo. Santos frisou ainda a importância da agricultura familiar e afirmou que a maioria dos produtos que chegam à mesa da população brasileira vem da agricultura familiar.
“O jovem é muito importante na agricultura familiar. Porque são eles e elas que fazem a sucessão rural. Estamos com um campo segundo os dados do IBGE de 2017 envelhecido. A juventude precisa desse apoio senão no futuro não vamos ter que produza os alimentos. A sucessão rural é fundamental, tem que ser política estratégica para o estado brasileiro e para a sociedade porque a gente diz que se o campo não planta a cidade não janta. É importante que esse agricultor familiar e que tem parte deles jovem continue no campo produzindo.”
Para que isso aconteça, o presidente da Contag cita a necessidade de políticas públicas no campo e a importância do governo dar suporte para que o jovem veja o campo como um lugar viável para o sustento.
“Nós precisamos pensar em uma série de estratégias, por exemplo, de políticas, educação, nós temos que ter a educação do campo, porque senão o jovem vai para a cidade e ao invés dele aprender a valorizar o campo onde ele nasceu e está vivendo ele é ensinado a sair de lá e vai disputar as vezes o emprego precário na cidade. Então ele tem que se sentir valorizado no campo, tem que ser ensinado para ele que o campo é um lugar bom para se viver e lá dá pra se tirar renda”, afirmou.
*Estagiária sob supervisão de Ronayre Nunes