O ministro da Justiça, Flávio Dino, comentou nesta quarta-feira (26/4) a suspensão do aplicativo de mensagens Telegram, após determinação da Justiça Federal. Segundo ele, a decisão ocorreu a pedido da Polícia Federal, porque a plataforma se recusou a cumprir decisões judiciais envolvendo grupos nazistas investigados por ameaças e ataques a escolas.
"A PF pediu e o Poder Judiciário deferiu que a rede social que não está cumprindo as decisões — no caso, o Telegram — tenha uma multa de R$ 1 milhão por dia e suspensão temporária das atividades", citou Dino em coletiva de imprensa, durante evento de lançamento do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci 2) em Fortaleza, Ceará.
- Justiça suspende Telegram após app entregar dados incompletos de neonazistas
- Flávio Dino: risco de golpe "infelizmente é um traço permanente"
- Dino diz que Brennand será buscado nos Emirados Árabes "com brevidade"
- "Operação Escola Segura vai continuar", diz ministro Flávio Dino
"Exatamente porque há grupamentos lá, denominadas frentes antissemitas, movimentos antissemitas, atuando nessas redes. E nós sabemos que isso está na base da violência contra as nossas crianças, contra nosso adolescentes", acrescentou Dino.
A Justiça Federal do Espírito Santo determinou hoje a suspensão do Telegram no Brasil, além da multa diária de R$ 1 milhão à empresa, após descumprimento de várias decisões judiciais. A plataforma se recusou a fornecer dados de grupos nazistas à PF. Na última sexta-feira (21), o Telegram chegou a entregar parte das informações pedidas, mas a corporação ressaltou que nem tudo o que foi pedido foi entregue pela empresa.