A presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana, disse que o órgão tem trabalhado na criação de um plano de carreira para os servidores da autarquia. A declaração foi feita nesta quarta-feira (19/4), no evento em comemoração ao Dia Nacional dos Povos Indígenas.
"Hoje estamos resgatando isso porque precisamos de servidores reconhecidos, hoje estamos apoiando o plano de carreira dos servidores da Funai", disse Wapichana.
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Ela aproveitou a presença no evento do ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, e da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, para convidar outras pastas a ajudarem na ação, bem como no fortalecimento da Funai.
Wapichana mencionou a questão porque, na solicitação feita após sete anos para que o órgão abra concurso, foi incluído o pedido de criação de Plano de Carreira Indigenista e Plano Especial de Cargos da Funai.
"Sem servidores não tem como executar (o pedido), vai ser difícil ter mudanças. Não é fortalecer, mas é criar o plano de carreira", explicou.
Desde a reestruturação, em 2009, a fundação teve somente dois concursos públicos. O órgão foi um dos mais atingidos no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e, entre as consequências, chegou ao menor número de servidores desde 2008. O novo concurso prevê a recolocação de 508 vagas para os níveis superior e médio.