Jornal Correio Braziliense

EUROPA

Brasileiras presas na Alemanha tomam primeiro café com família após soltura

Kátyna Baía e Jeanne Paollini foram presas em Frankfurt depois de terem as malas trocadas por bagagens contendo cocaína

As duas brasileiras que foram presas na Alemanha após terem etiquetas de malas trocadas por bagagens com droga foram soltas nesta terça-feira (11/4) e tomaram o primeiro café da manhã com a irmã de Kátyna Baía, Lorena Baía, e a mãe de Jeanne Paollini, Valéria Paolini.

Nas redes sociais, Lorena Baía e a advogada Luna Provázio, que acompanhou a família até a Alemanha, publicaram um vídeo em que falam sobre o reencontro e o processo judicial.

"Estamos acompanhando os desdobramentos do processo judicial aqui na Alemanha. Gostaríamos de ressaltar que foi um marco histórico na justiça alemã. O Ministério Público solicitou a soltura das duas, de imediato, encaminhando o pedido direto para o presídio. Isso é algo que não tem precedente aqui na Alemanha", disse Luna Provázio.

Assista:

A soltura das brasileiras foi anunciada pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil nesta terça-feira (11/4), após ficar comprovado pela Polícia Federal que Jeanne Cristina e Kátyna tiveram as malas trocadas por criminosos em uma área restrita do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, e não sabiam de nada sobre drogas.

Ao longo do último mês, as brasileiras puderam contar com o apoio do Consulado-Geral do Brasil em Frankfurt, na Alemanha. Alexandre teria realizado diversas visitas às brasileiras no presídio, além de ter conduzido gestões junto às autoridades carcerárias e judiciárias locais para acompanhar o trâmite legal.

Ao serem abordadas, as brasileiras disseram não saber a origem da cocaína nas malas e alegaram que as bagagens não eram delas. Segundo a Polícia Federal, "há uma série de evidências que levam a crer, de fato, que não há envolvimento delas com o transporte da droga, pois não correspondem ao padrão usual das chamadas 'mulas do tráfico'".