MEIO AMBIENTE

Ibama repudia "intimidação" a servidores no caso da capivara Filó

O órgão de proteção ambiental se manifestou neste domingo (30/4) pelas redes sociais, após decisão judicial determinar devolução do animal ao influencer Agenor Tupinambá

Correio Braziliense
postado em 30/04/2023 14:45
 (crédito: Antonio Cunha/Esp. CB/D.A Press                       )
(crédito: Antonio Cunha/Esp. CB/D.A Press )

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) se pronunciou sobre o caso da capivara Filó neste domingo (30/4). O animal foi devolvido ao influenciador Agenor Tupinambá após decisão judicial. Ele e A deputada estadual Joana Darc (União-AM) foram até uma uma instalação do Ibama, em Manaus, para pegar a Filó. Mas houve resistência dos agentes, pois o órgão não tinha recebido a intimação até esta manhã. O Ibama repudiu a "intimidação" contra os servidores e disse que houve "uma clara tentativa de deslegitimar a atuação do Instituto no cumprimento da legislação ambiental".

 
 
 
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"Decisão judicial proferida neste domingo determina que o infrator Agenor Tupinambá permaneça como fiel depositário da capivara entregue por ele ao Ibama na última quinta-feira (27/04) até a soltura do animal. A devolução da capivara à natureza tem sido o objetivo do Ibama desde o início do caso, por ser a melhor alternativa para o bem-estar do animal", disse o órgão ambiental no Twitter.

"A ordem judicial será cumprida. A soltura deverá ocorrer em unidade de conservação previamente selecionada, que abriga outros indivíduos da espécie", acrescentou o Ibama. O juiz Márcio André Lopes Cavalcante (TRF da 1ª Região) entendeu que Agenor e a capivara Filó vivem em "perfeita e respeitosa simbiose com a floresta e com os animais ali existentes".

O magistrado concedeu a tutela provisória de urgência até que a situação tenha um desfecho. "Deverá o autor informar ao juízo peridicamente as condições de saúde do animal, devendo também ser facultado livre acesso de órgãos ambientais para fiscalização da capivara", acrescentou o juiz.

Entenda o caso

Agenor se tornou popular nas redes sociais ao mostrar a rotina dele ao lado de Filó. Os vídeos foram apagados após o Ibama multar o influenciador em mais de R$ 17 mil sob a acusação de abuso, maus-tratos e exploração contra animais. À época, ele fez um pronunciamento oficial negando as acusações e contando o que estava ocorrendo aos seguidores.

"É importante registrar que eu nunca fui contra e jamais impediria que a minha amada Filomena um dia se integrasse com um bando de capivaras para seguir sua vida. Foi justamente para isso que eu a salvei, cuidei e guardei um sentimento enorme no meu peito por ela", escreveu Agenor no Instagram.

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