A ex-atleta de vôlei Sandra Mathias Correia de Sá, 53 anos, não compareceu ao depoimento que tinha nesta quarta-feira (12/4), na 15ª DP do Rio de Janeiro, após apresentar um atestado. Ela foi flagrada, no domingo (9) agredindo e intimidando dois entregadores de aplicativo além de ter usado uma coleira de cachorro para chicotear um motoboy.
De acordo com o portal g1, na justificativa para a aplicação do atestado, o advogado de Sandra, Roberto Duarte Butter, informou que a cliente "estava com várias lesões". Ele também alegou que as pessoas "vão se surpreender" com a linha de defesa do caso.
Ainda não há uma nova data para que Sandra preste depoimentos, de acordo com a delegada Bianca Lima. Os entregadores agredidos, Max Ângelo dos Santos e Viviane Maria de Souza, são aguardados para prestar depoimento na delegacia.
O Correio não conseguiu contato com o advogado de Sandra para mais esclarecimentos sobre a apresentação do atestado. O espaço segue aberto para um eventual pronunciamento.
"Não quis revidar (...) porque ela iria alegar que eu a agredi"
Em um vídeo que viralizou nas redes sociais, Sandra aparece agredindo Max, que estava com outros entregadores em uma escada na calçada de uma das ruas de São Conrado.
De acordo com Max em entrevista ao portal Uol, a mulher foi na direção deles, cuspiu no chão e continuou caminhando. Ele relatou também que enquanto Sandra agredia uma das entregadoras, dizia que eles não estavam na favela: "Você não está na favela. Você está aqui. Quem paga o IPTU aqui sou eu, rapaz."
RACISMO EM SÃO CONRADO!
— Jonas Di Andrade (@jonasdiandrade) April 11, 2023
O corpo negro é alvo de violência e ódio. Essa mulher branca, Sandra Correia de Sá, que já é investigada por injúria racial, agrediu rapaz, negro, da Rocinha, em plena luz do dia. E pior, ainda pegou uma coleira de cachorro pra agredi-lo. pic.twitter.com/KeyVYXF1EJ
A mulher seguiu com os ataques, além de proferir ofensas, e avançou sobre Max agredindo-o com socos e chutes. Na sequência, ela usou uma coleira de cachorro para chicoteá-lo.
Max também relatou que se sentiu muito humilhado. "Quis me afastar e não quis revidar, mas se eu boto a mão nela, hoje eu estaria em Bangu (presídio), porque ela iria alegar que eu a agredi", relatou ele. Ele afirmou também que quer justiça. "Não quero que aconteça com outra pessoa".
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