O ministro da Justiça, Flávio Dino, assinou, ontem, uma determinação para que a Polícia Federal instaure inquérito para investigar a atuação de grupos organizados de caráter fascista e neonazista no Brasil. Ele disse que pode haver crime configurado na lei que tipifica preconceito de raça ou de cor, que também abrange discriminação por etnia, religião ou procedência.
De acordo com investigações em curso, integrantes desses grupos já identificados atuam ativamente em fóruns da internet, redes sociais e jogos on-line, em que predominam discursos de ódio, misoginia, supremacismo branco, bullying e apologia ao nazifascismo. Segundo ele, esse tipo de discurso continua reverberando entre os internautas mais jovens.
Representantes da pasta se reuniram, ontem, com a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) para discutir a violência em escolas e universidades. O objetivo é traçar estratégias para prevenir e reprimir ações violentas que tenha como alvo as instituições educacionais.
"A Senasp vai fazer reunião com as delegacias estaduais de investigação e repressão a crimes cibernéticos. Na pauta, uma operação integrada em todos os estados sobre violência em escolas e universidades", escreveu Dino, em suas redes sociais.
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Congresso se mobiliza
A Câmara dos Deputados vai analisar, ao longo das próximas semanas, projetos de lei que têm como objeto coibir e prevenir ataques violentos em estabelecimentos de ensino do país. Apenas nos últimos dois meses, foram apresentados nove projetos sobre o tema, a maioria com propostas para aumentar os procedimentos de segurança para o ingresso nas escolas.
O deputado Alberto Fraga (PL-DF) defende a instalação de detectores de metais nas entradas de unidades de ensino. O deputado Kim Kataguiri (UB-SP) defende a revista em mochilas de estudantes e regras para disciplinar a divulgação desse tipo de ataque na mídia.
Luciene Cavalcante (PSOL-SP) propõe a criação de uma comissão parlamentar de inquérito para investigar os casos. A Frente Parlamentar Mista da Educação, presidida por Tábata Amaral (PSB-SP) tem como proposição criar uma coordenação permanente de uma política nacional de saúde mental nas escolas, com protocolos de segurança e monitoramento de discursos de ódio.
*Estagiária sob a supervisão de Vinicius Doria
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