Inteligência Artificial

ChatGPT: estudo aponta ranking das profissões que serão mais afetadas pela IA

Pesquisa realizada pela OpenAI revela que profissões ligadas ou relacionadas à escrita e a programação possuem mais chances de serem automatizadas

Yasmin Rajab
postado em 06/04/2023 17:47 / atualizado em 06/04/2023 17:47
 (crédito: OLIVIER DOULIERY/AFP)
(crédito: OLIVIER DOULIERY/AFP)

O ChatGPT é uma ferramenta de chatbot com inteligência artificial desenvolvida pela empresa OpenAI. O robô se tornou febre na internet por redigir textos sobre áreas específicas do conhecimento humano. Contudo, apesar de inofensiva, o chatbot pode impactar futuramente em algumas profissões, pelo menos é o que aponta um estudo da própria OpenAI em parceria com a Universidade da Pennsylvania e a OpenResearch — Você pode ler o estudo na íntegra neste link.

O documento — assinado pelos pesquisadores Tyna Eloundou, Sam Manning, Pamela Mishkin e Daniel Rock — lista as ocupações que serão afetadas pela inteligência artificial. Dentre elas, estão as profissões relacionadas à programação e escrita, que contam com tarefas mais passíveis de serem realizadas pela IA. 

Para realizar o estudo, os pesquisadores analisaram as características de chatbots inteligentes e depois listaram as tarefas de várias profissões. Com isso, eles relacionaram quais delas poderiam ser feitas com a IA de forma mais rápida e eficaz. 

De acordo com a pesquisa, esse conceito possui ligação com tarefas em que o ChatGPT pode diminuir o tempo gasto com humanos. Confira abaixo o ranking das profissões listadas no estudo que possuem mais chances de serem automatizadas:

  • Matemáticos: 100%
  • Analistas quantitativos financeiros: 100%
  • Jornalistas: 100%
  • Designers de interface web e digital: 100%
  • Engenheiros Blockchain: 97.1%
  • Legendadores simultâneos: 96.4%
  • Escriturários: 95.2%
  • Revisores: 90,9%
  • Intérpretes e tradutores: 76.5%
  • Pesquisadores de mercado: 84.4%
  • Autores e escritores: 82.5%
  • Especialista em relações públicas: 80.6%

O ChatGPT na prática

Marcos Barreto, professor da Fundação Vanzolini e da Poli-USP, alerta que todas as profissões que dependem da produção de algum tipo de texto podem ser impactadas e beneficiadas. "Mas até profissões que escrevem menos textos, como um médico, podem ser facilitadas. Um médico, por exemplo, pode ter uma receita melhor escrita, explicando a posologia", comenta.  

Barreto, no entanto, ressalta que todo avanço tecnológico acaba, de alguma forma, diminuindo a necessidade de pessoas para realizar determinadas tarefas. "'Ah, o robô substitui o operário'. Não é bem assim, o operário continua sendo necessário, ele só vai realizar outras tarefas", cita. "Com o Chat GPT será parecido, a gente vai precisar de pessoas que revisem e validem os textos que são produzidos."

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