Crise Humanitária

350 mil quilos de alimentos já foram entregues aos ianomâmis, aponta FAB

Segundo balanço divulgado pela Força Aérea Brasileira, mais de 40 aldeias receberam cerca de 20 mil cestas

Ândrea Malcher
postado em 04/04/2023 17:12
 (crédito: NELSON ALMEIDA)
(crédito: NELSON ALMEIDA)

A Força Aérea Brasileira (FAB) divulgou, na segunda-feira (3/4), um balanço dos 60 dias de atividade no Território Indígena (TI) Yanomami, em Roraima, e apontou que foram entregues 350 mil quilos de alimentos para indígenas.

“Os resultados são muito significativos, pois os números traduzir a dedicação, o empenho e comprometimento de todos os militares da Marinha do Brasil, do Exército Brasileiro e da FAB envolvidos na missão. Esforços que se convertem em ajuda humanitária a essa parcela da população especialmente vulnerável neste momento”, destaca o Major-Brigadeiro do Ar Raimundo Nogueira Lopes Neto, comandante da operação do Comando Operacional Conjunto Amazônia.

Segundo o Major-Brigadeiro, cerca de 20 mil cestas básicas foram distribuídas no território, atendendo mais de 40 aldeias. “Para tal feito, já foram empregadas mais de 2,5 mil horas de voo, marca expressiva para as Forças Armadas, em tão curto tempo.”

Outros números

O trabalho desempenhado pelo Hospital de Campanha (HCamp) também foi destaque: desde a inauguração em janeiro foram 1.903 atendimentos e 201 indígenas foram transportados. O esforço foi capaz de “controlar o cenário delicado vivido pela população indígena, reduzindo drasticamente a necessidade de atendimentos a cada dia, culminando, na última semana, com uma média de dois atendimentos diários”, disse o militar.

O aeródromo de Surucucu, de responsabilidade da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), teve destaque no balanço. A FAB foi responsável pelo reparo da pista, possibilitando, desde o começo de março, pousos e decolagens de aeronaves do tipo C-105 Amazonas, com capacidade de transporte de até 64 passageiros ou 5 toneladas de carga, e do C-98 Caravan, outra aeronave empregada na missão.

Todas as ações são respostas à grave crise humanitária vivida pelos ianomâmis, causada pela atividade de garimpo ilegal na região, e envolvem mais de 580 militares.

 

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