A recuperação da trancista Thaís de Medeiros Oliveira, que sofreu um edema cerebral e perdeu os movimentos após cheirar pimenta, progride a passos lentos, porém significativos: ela consegue, agora, manter a coluna ereta enquanto está sentada. De acordo com a mãe da mulher de 25 anos, a evolução é resultado de uma rotina diária com, no mínimo, quatro sessões de fisioterapia.
A atualização do estado de saúde de Thaís foi feita pela mãe dela, Adriana Medeiros, que assumiu as redes sociais da filha para divulgar a recuperação da mulher e arrecadar recursos financeiros, por meio de uma vaquinha, para levá-la em consultas com especialistas. Atualmente, Thaís é atendida pela Santa Casa de Anápolis, em Goiás.
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“A Thaís já consegue manter a coluna firme enquanto está sentada. Hoje deixamos ela assim por um tempo, e assim vamos evoluindo cada dia mais até nossa menina estar 100%. É uma longa caminhada, mas estamos dispostos para cada passo com ela”, escreveu Adriana na legenda da publicação em que compartilhou uma foto da filha sentada.
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Adriana, comemora que a filha está livre de quadros de infecção e responde bem à medicação. “Estou vendo a evolução da minha filha e a partir de agora vou compartilhar cada passinho do dia a dia dela, decidi que nada mais justo do que compartilhar com vocês que estão nos ajudando em cada passo dessa reabilitação que apesar de lenta é muito especial para nós todos e toda família.”, diz Adriana.
Thaís ainda não recuperou o movimento do corpo e nem consegue se comunicar, mas conseguiu levantar um pouco a cabeça, “coisa que não estava fazendo desde o dia que deu entrada no hospital”, conta o namorado da trancista Matheus. O homem também disse que a companheira será transferida para um hospital de Goiânia, onde ficará mais perto da família dela.
A família também criou uma "vaquinha” para arrecadar fundos para custear consultas com neurologista, fonoaudiólogo, fisioterapeutas, além de suprir o valor de gastos com equipamentos necessários enquanto ela se recupera, como cadeira para locomoção, oxigênio e cama hospitalar. Saiba como ajudar aqui.
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Relembre o caso
Thais estava em um almoço quando ela e conhecidos começaram a falar sobre pimenta. A mulher levou ao nariz uma pequena porção da especiaria para apreciá-la e, pouco depois, teve uma parada cardiorrespiratória, que levou a um edema cerebral e a perda dos movimentos.
O caso ocorreu em 17 de fevereiro, quando Thais deu entrada na Santa Casa de Anápolis com um quadro grave de crise asmática, pressão arterial alta e não apresentava respostas neurológicas.
Em 13 de março, pouco menos de um mês após a internação de Thais, o médico da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Anápolis e responsável pelo caso dela Rubens Dias afirmou que a trancista deve ficar com sequelas graves no cérebro que provavelmente não a deixará voltar a viver normalmente.
Os médicos também não sabem o que resultou na reação de Thais, mas acreditam que o quadro asmático que ela sustenta, com crises periódicas, pode ter influenciado no caso. Existe também a possibilidade de ter sido uma reação alérgica — no entanto, ela nunca teve nenhuma alergia a pimenta.
Os médicos explicam que às vezes o sistema imunológico produz uma reatividade cruzada, fenômeno que ocorre quando o sistema do corpo interpreta as proteínas de duas substâncias diferentes como semelhantes e desencadeia a reação alérgica. A família não sabe dizer se Thaís era alérgica a algum alimento.
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