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Deslizamento soterra casas e mata oito pessoas em Manaus

De acordo com a Defesa Civil, três pessoas foram resgatadas com vida. A comunidade atingida é predominantemente composta por brasileiros, mas, entre os mortos, estão quatro venezuelanos

As fortes chuvas que atingiram Manaus no fim de semana provocaram deslizamentos de terra que deixaram, ao menos, oito mortos. Os corpos de quatro crianças com idades entre 5 e 7 anos e de quatro adultos foram encontrados. Mãe e filha foram achadas sem vida abraçadas nos escombros de uma casa, em imagem que emocionou quem ajudava no resgate. De acordo com a Defesa Civil, três pessoas foram resgatadas com vida. A comunidade atingida é predominantemente composta por brasileiros, mas, entre os mortos, estão quatro venezuelanos, que começaram a ocupar o local havia alguns anos.

O Centro de Cooperação da Cidade ativou, no domingo, o Comitê de Gestão de Crise, em decorrência das chuvas e de desbarrancamentos em três diferentes pontos durante a noite no bairro Jorge Teixeira, na zona leste do município, onde 11 casas construídas em área de risco, a quase 30 metros de altura, ficaram soterradas.

O governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), conversou na manhã de ontem com o ministro da Integração Nacional, Waldez Góes, e pediu apoio do governo federal às ações da prefeitura de Manaus. "Atuamos em 25 ações prioritárias e, para essa área, não teve nenhuma ligação. Infelizmente, no início da noite, teve esse desmoronamento. Segundo os moradores, muita chuva no local (do deslizamento de terra). É muita tristeza, nós estamos aqui com todas as secretarias integradas para dar todo o suporte possível", disse o prefeito David Almeida, que esteve na região afetada.

A Secretaria Municipal de Assistência Social (Semasc) providenciou abrigo às famílias que moram em casas próximas ao local do deslizamento. Até o fechamento desta edição, não foi divulgada a informação de quantas pessoas permanecem desabrigadas. O Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC) do Amazonas já trabalha na identificação dos oito corpos. O DPTC vai usar toda a estrutura de identificação disponível e solicitará apoio da Polícia Federal (PF) para confirmar a identificação dos venezuelanos vitimados.

Em média, choveu 97,2 milímetros em 24 horas na capital amazonense. A zona leste de Manaus, onde ocorreu a tragédia, foi a mais afetada, com 102,6 mm, segundo a Secretaria Municipal de Segurança e Defesa Social. Foram registrados mais de 50 pedidos de socorro.

"Temos mais de mil áreas como essa em Manaus, 62 são de alto risco. Nós fizemos (contenção de erosões) em 17 áreas no ano passado; temos programado mais 20 áreas prioritárias como essa. E, agora buscamos mais investimentos para a gente poder investir nessas áreas e dar moradia digna para as pessoas", declarou, ontem, o prefeito David Almeida.

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