O Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro (MPF-RJ) denunciou, nesta segunda-feira (13/3), quatro pessoas acusadas de maus-tratos e importação irregular de 18 girafas. De acordo com parecer enviado à Justiça, os animais foram trazidos ao Brasil com uso de informações falsas. Os suspeitos alegaram intenção conservacionista, quando na verdade, tinham intuito comercial.
Os animais entraram no país em 2021, vieram de navio da África do Sul e foram levados para um resort, em Mangaratiba (RJ). Do local, cinco girafas fugiram e foram capturadas posteriormente. No entanto, laudos periciais apontaram que três animais morreram de uma doença muscular, chamada miopatia, conforme atestado no laudo de necropsia elaborado por veterinários.
De acordo com a denúncia, os animais foram alocados em local irregular. O espaço correto para cada animal seria de 600 m², mas as baias usadas para manter os animais tinham, em média, 30 m² cada. "As girafas, após serem retiradas da natureza, estavam em cubículos, chegando cada uma a ficar em um espaço de 10 m², situação de confinamento claustrofóbico".
Entre os acusados, está um servidor do Ibama e outro do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), que, de acordo com o MPF, "elaboraram documentos contendo afirmações sabidamente falsas ou enganosas no procedimento de licenciamento para a importação das 18 girafas e de outros animais".
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