Um gato que andava de madrugada na cozinha de um restaurante em Teresina, Piauí, pode ter iniciado vazamento de gás que resultou em uma explosão em dezembro de 2022 e deixou as dependências do estabelecimento completamente destruídas. De acordo com o laudo da polícia, divulgado nesta quinta-feira (9/3), pelo G1, o felino pode ter, acidentalmente, acionado algum equipamento ou desacoplado a mangueira do gás.
Segundo trecho do laudo divulgado pelo G1, a perícia acredita que “o felino que possuía porte e tamanho compatível para um possível acionamento acidental de equipamento ou em outro caso até mesmo retirada de mangueira de acoplamento” e que ele provavelmente foi o causador do vazamento, já que “estava presente no local [cozinha do restaurante] e transitava pela cozinha em vários pontos e em horário compatível com o momento em que o vigilante sente o vazamento de gás”.
O gás vazou por cerca de três horas. A investigação apontou que o vigilante do restaurante sentiu um forte cheiro de gás por volta das 3h da madrugada e, às 6h, um auxiliar de manutenção, que havia dormido dentro do restaurante, chegou e acionou um exaustor presente no local. Ao ligar o equipamento, o interruptor soltou uma faísca, o que foi suficiente para desencadear a explosão.
Restaurante destruído e vigilante ferido
Após o incêndio, as dependências do restaurante Vasto, na Zona Leste de Teresina, ficaram completamente destruídas. Na ocasião, uma das sócias do empreendimento chegou a publicar, nas redes sociais, um vídeo lamentando o acontecido e disse que a explosão foi “na melhor fase” do negócio. “Nossa maior queda”, completou Andressa Leão.
Lojas próximas à explosão também foram afetadas e tiveram suas estruturas danificadas. Segundo os bombeiros, o deslocamento de ar da explosão atingiu imóveis a quatro quarteirões de distância, a cerca de 100 m.
Além disso, uma pessoa ficou ferida na explosão. O vigilante do restaurante, de 35 anos, foi internado no Hospital de Urgência de Teresina (HUT) para realizar tratamento das queimaduras causadas pelo fogo no estabelecimento. Ao ser socorrido pelos bombeiros e transferido para o hospital, o quadro de Márcio da Costa e Silva era estável e ele estava consciente.
Outras hipóteses para as causas da explosão
Além do gato que passeava pela cozinha do restaurante na madrugada da explosão, a perícia apontou que uma falha em um regulador de pressão da rede de gás pode ter causado o incêndio, uma vez que o dispositivo pode ter gerado uma pressão muito alta e, assim, forçado o surgimento de vazamento.
Falhas em algum outro equipamento do restaurante, seja ela de fabricação, instalação ou operação, também podem ter desencadeado o vazamento que culminou na explosão. O laudo aponta ainda para uma possível negligência do vigilante, que sentiu o cheiro de gás logo no início do vazamento e nada fez, deixando ele vazar por três horas.
"Sem podermos dizer se por negligência ou omissão do mesmo ou por falta de conhecimento e treinamento repassado, o mesmo ao sentir o cheiro de gás, e logo nos primeiros minutos, tivesse se dirigido ao local da central de gás e fechado o registro geral, teria estancado o vazamento e não teria havido a explosão e os danos consequentes", constatou o laudo, de acordo com o divulgado pelo G1.
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