Pessoas diagnosticadas com HIV e profissionais de saúde, que têm contato com o vírus da varíola dos macacos, serão priorizados na campanha de vacinação contra a doença, prevista para ter início neste mês, em todo o Brasil, de acordo com informação confirmada pelo Ministério da Saúde. No país, há cerca de 16 mil pacientes que vivem com HIV/Aids com status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses.
Além desse grupo, poderão ser imunizados quem já teve contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas, prováveis ou confirmadas para a enfermidade, cuja exposição seja classificada como de alto ou médio risco, conforme recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Ainda segundo a pasta, a campanha de imunização ofertará 47 mil doses de vacina contra a varíola dos macacos. O envio de doses será feito conforme o andamento da vacinação e de acordo com as solicitações dos estados e Distrito Federal.
Esses imunizantes foram recebidos em outubro do ano passado, durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. A vacina contra a varíola dos macacos é aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser aplicada.
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Varíola dos macacos
De acordo com o Ministério da Saúde, o atual cenário epidemiológico apresenta queda progressiva no número de casos no Brasil. A principal estratégia de contenção da doença é a identificação de casos e rastreamento de contatos. Diante disso, a estratégia de vacinação neste momento irá priorizar a proteção das pessoas com maior risco de evolução para as formas graves da doença.
Já no mundo, segundo a OMS, o cenário epidemiológico da varíola dos macacos demonstra controle epidemiológico nas regiões americana e europeia. Nesses continentes, é detectada a transmissão entre pessoas.
Já no continente africano, onde a infecção também ocorre através do contato com animais infectados, a curva epidêmica mostra uma transmissão mais sustentada, refletindo padrões mistos de transmissão entre pessoas através de contato direto ou sexual, bem como surtos devido a contágio via animal.
De janeiro de 2022 a 27 de fevereiro deste ano, foram confirmados por laboratório um total de 86.173 casos e 100 mortes em 110 países.
Vacina
A vacina utilizada na imunização contra a varíola dos macacos no Brasil será o imunizante Jynneos, produzido pela empresa dinamarquesa Bavarian Nordic. A Jynneos utiliza linhagens atenuadas do vírus monkeypox modificado da cepa Ankara.
O imunizante é destinado a adultos com 18 anos ou mais, com esquema recomendado de duas doses a serem administradas com quatro semanas de intervalo. A vacina possui prazo de até 60 meses de validade quando conservada entre -60 e -40°C.
O imunizante da Bavarian Nordic foi licenciado pela Food and Drug Administration (FDA), órgão semelhante à Anvisa nos Estados Unidos, para a prevenção da infecção pelo vírus da mpox.
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