PERNAMBUCO

Parada cardíaca de 13 minutos: jovem morre após engolir 'loló' por engano

O entorpecente é feito com clorofórmio e éter e costuma ser utilizado por inalação. Quando entra em contato com a pele, tem efeito corrosivo

Correio Braziliense
postado em 31/03/2023 14:02
 (crédito: Reprodução/Federação Aquática Pernambucana)
(crédito: Reprodução/Federação Aquática Pernambucana)

Um nutricionista de 23 anos morreu, na quarta-feira (30/3), após ficar 40 dias internado, em Recife, no estado de Pernambuco. De acordo com a família, José Fernandes de Souza Júnior engoliu loló por engano durante o carnaval de Olinda. O entorpecente é feito com clorofórmio e éter e costuma ser utilizado por inalação. Quando entra em contato com a pele, tem efeito corrosivo e pode causar queimadura química.

Ao g1, os familiares do jovem contaram que o jovem também tinha ingerido ecstasy e álcool em 18 de fevereiro (sábado de carnaval) e, por engano, bebeu loló. Ele foi internado em seguida e teve parada cardíaca de 13 minutos.

"Uma das médicas me disse que foi porque intubaram ele, mas, por algum motivo, ele acordou e removeu o tubo e broncoaspirou. Por causa disso, ele pegou uma bactéria, que foi tratada, mas durante todo o período internado, precisou fazer remoção da secreção", disse Caroline Fernandes, irmã do nutricionista.

Além de nutricionista, José também era ex-atleta. Em nota, a Federação Aquática Pernambucana (FAP) lamentou a morte do jovem e prestou solidariedade aos familiares e amigos do ex-nadador.

"José Fernandes foi nadador de destaque das categorias de base da Natação brasileiro e, de acordo com seu histórico, conquistou mais de 200 medalhas em competições pelo país. Suas principais provas eram os 200m e 400m livre, além dos 100m borboleta. Após encerrar a carreira nas piscinas, se formou em nutrição e passou a atuar na área", disse a federação.

Caso semelhante 

Em Goiânia, um homem de 49 anos também morreu após ingerir, acidentalmente, a droga inalável líquida loló, durante o carnaval. O homem, identificado como Arivane Almeida de Moraes, foi socorrido ainda com vida, mas morreu ao sofrer uma parada cardíaca no Hospital São Francisco de Assis, na capital de Goiás.

 

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