A Polícia Federal cumpriu, nesta terça-feira (28/3), dez mandados de busca e apreensão em Goiás, Brasília e Paraná contra grupo que promovia turismo de caça ilegal a búfalos em uma fazenda no município de Monte Alegre de Goiás, localizado na Chapada dos Veadeiros (GO).
A operação, intitulada Alvo Reverso, contou com a participação de aproximadamente 50 agentes, divididos em dez equipes. As investigações levaram a um empresário de Formosa (GO), dono da fazenda. A atividade era monitorada, desde 2021, pela equipe de inteligência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama). Por lei, a caça de animais silvestres no país é liberada somente para o javali.
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De acordo com o delegado federal Sandro Paes Sandre, o empresário aprendeu a caçar em uma viagem à África. Quando retornou, passou a oferecer os pacotes. A justificativa, ouvida em um dos vídeos que eram ostentados na internet, é de que os animais prejudicavam as lavouras, mas não se via nenhuma plantação no local.
“No vídeo, tem a participação de pessoas da fazenda guiando os caçadores. Eles orientavam sobre onde encontrar os búfalos e como matar. Depois, eles pegavam o sangue e passavam no rosto para serem 'batizados'”, detalhou o delegado, em coletiva.
Investigação
São seis as pessoas investigadas, mas os nomes não foram revelados pois o processo corre em segredo de Justiça. De acordo com a PF, além do proprietário, são investigados mais cinco empresários - todos com alto poder aquisitivo - e um morador da região de Goiás.
Nas buscas, foi encontrada uma quantia de R$ 50 mil em dinheiro com um deles e cinco fuzis que custam, em média, R$ 100 mil cada. Todos os suspeitos tiveram as CACs suspensas e responderão por caça ilegal de animais asselvajados, associação criminosa, porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e restrito, além de apologia criminosa e exercício arbitrário das próprias razões.
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