Viagens

Família embarca com filha deficiente em viagem de motorhome pelo Brasil

O casal Fábia Soncini e César Augusto Preto desbrava o país ao lado da filha, Luna, 15 anos, que tem deficiência motora e mental

Raphaela Peixoto*
postado em 25/03/2023 07:00
 (crédito: Arquivo pessoal)
(crédito: Arquivo pessoal)

A família Preto Soncini abdicou de tudo, inclusive sonhos, para viver em um motorhome viajando em meio à natureza. O casal Fábia Soncini e César Augusto Preto desbrava o país ao lado da filha, Luna, 15 anos, que tem deficiência motora e mental oriunda de uma hemorragia cerebral. Além do apreço pelas viagens, o que motivou a decisão de rodar o país foi a resposta positiva da primogênita à uma aventura de bicicleta pela Europa.

"Seguimos nossos instintos e fomos, só nós três e as bikes. Pedalamos por 30 dias passando por três países. O resultado é que Luna voltou outra criança; muito mais participativa e mais organizada da parte motora. Isso nos despertou que talvez oferecer a natureza e aventura para ela seria uma forma de reabilitação, uma maneira de reabilitar a qualidade de vida dela. A partir daí não paramos mais de oferecer mais desafios a ela", relata César, o pai, ao Correio.

  • O casal conta que adaptação na nova vida na estrada foi facilitada pela pandemia e que tiveram apoio das pessoas e das prefeituras. Hoje já percorreram quase todos os caminhos de peregrinação, como por exemplos: Caminho da Fé, Rota da Luz, Bike Luz Arquivo pessoal
  • O casal conta que adaptação na nova vida na estrada foi facilitada pela pandemia e que tiveram apoio das pessoas e das prefeituras. Hoje já percorreram quase todos os caminhos de peregrinação, como por exemplos: Caminho da Fé, Rota da Luz, Bike Luz Arquivo pessoal
  • O casal conta que adaptação na nova vida na estrada foi facilitada pela pandemia e que tiveram apoio das pessoas e das prefeituras. Hoje já percorreram quase todos os caminhos de peregrinação, como por exemplos: Caminho da Fé, Rota da Luz, Bike Luz Arquivo pessoal
  • O casal conta que adaptação na nova vida na estrada foi facilitada pela pandemia e que tiveram apoio das pessoas e das prefeituras. Hoje já percorreram quase todos os caminhos de peregrinação, como por exemplos: Caminho da Fé, Rota da Luz, Bike Luz Arquivo pessoal
  • O casal conta que adaptação na nova vida na estrada foi facilitada pela pandemia e que tiveram apoio das pessoas e das prefeituras. Hoje já percorreram quase todos os caminhos de peregrinação, como por exemplos: Caminho da Fé, Rota da Luz, Bike Luz Arquivo pessoal
  • O casal conta que adaptação na nova vida na estrada foi facilitada pela pandemia e que tiveram apoio das pessoas e das prefeituras. Hoje já percorreram quase todos os caminhos de peregrinação, como por exemplos: Caminho da Fé, Rota da Luz, Bike Luz Arquivo pessoal

Luna já mergulhou em alto mar, esquiou de Wakeboard, fez simulação de voo de paraquedas, participou de corridas de rua, patinou, desceu dunas, remou de caiaque, surfou, entre outros. "Temos a certeza que ela está absorvendo tudo isso, toda a energia da natureza, das pessoas e dos lugares", completa o pai.

O casal conta que adaptação na nova vida na estrada foi facilitada pela pandemia e que tiveram apoio das pessoas e das prefeituras. Hoje já percorreram quase todos os caminhos de peregrinação, como por exemplos: Caminho da Fé, Rota da Luz, Bike Luz, Caminho do Sol, Costa Verde e Mar, entre outros. Eles relatam também que conseguem manter a rotina de consultas e sessões de terapias da primogênita por meio do atendimento on-line. "Os profissionais de reabilitação conseguem fazer um trabalho quase que diário de acompanhamento com ela", ressalta.

Vale frisar que a priori, a ideia era viajar por cerca de dois anos, mas como as economias estava rendendo mais do que esperavam, a viagem cresceu. "Aprendemos cada vez mais que não podemos fazer grandes planos para o futuro. A vida inteira tentamos planejar nosso futuro; e Deus sempre foi nos mostrando que quem manda é Ele. Fizemos vários planos, inclusive ter vários filhos, morar numa casa enorme, ter carros bons, mas hoje: uma única filha, a casa é minúscula, e nem carro temos", afirma o Preto.

"Estamos vendo cidades e atrativos privados com acessibilidades de dar inveja a qualquer país. Mas isso demanda tempo, planejamento e adaptação", pontua. 

*Estagiária sob supervisão de Ronayre Nunes

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