Rio de Janeiro

Comitê gestor do Cais do Valongo toma posse nesta quinta (23/3)

Leandro Grass, presidente do Iphan, empossa grupo composto por 31 instituições da sociedade civil e governamentais

Ândrea Malcher
postado em 23/03/2023 10:47 / atualizado em 23/03/2023 10:48
 (crédito: Fernando Frazão/Agência Brasil)
(crédito: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Toma posse nesta quinta-feira (23/3) o comitê gestor do Sítio Arqueológico Cais do Valongo, reconhecido como Patrimônio Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

A solenidade, que acontece no Museu de Arte do Rio (MAR), na cidade do Rio de Janeiro, conta com a presença do presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Leandro Grass, das ministras Margareth Menezes (Cultura) e Anielle Franco (Igualdade Racial), bem como do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, e da coordenadora de cultura da Unesco, Isabel de Paula.

O comitê gestor irá promover a instalação da estrutura de gestão integral, compartilhada e participativa do Sítio; estabelecer as diretrizes para a execução do plano de gestão; monitorar as ações governamentais necessárias para preservação e salvaguarda do bem; e promover a articulação entre as políticas municipal, estadual e federal para o Sítio Arqueológico.

Serão 15 instituições da sociedade civil e outras 16 governamentais compondo o grupo de 31 membros ao todo, com o Iphan coordenando os trabalhos. A Fundação Palmares, o Instituto Brasileiro de Museus e o Ministério da Cultura são algumas das organizações que fazem parte do comitê gestor.

“Para inglês ver”

O Cais do Valongo foi construído em 1811, na cidade do Rio de Janeiro, e foi o principal ponto de desembarque e comércio de pessoas negras escravizadas, funcionando até 1831, quando foi proibido o tráfico transatlântico de pessoas.

A lei ignorada ficou conhecida como “para inglês ver”. Estima-se que, no local, desembarcaram entre 500 mil e 1 milhão de pessoas de diversos lugares da África. O monumento compõe o circuito da Pequena África, onde diversos pontos recontam a história afro-brasileira. O Cais foi revelado em 2011, durante escavações arqueológicas para implementação do projeto Porto Maravilha.

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