OPERAÇÃO SEQUAZ

Promotor de justiça Lincoln Gakiya era um dos alvos de facção criminosa

Integrante do Gaeco, em São Paulo, Gakiya foi um dos responsáveis pela transferência do líder do PCC, Marcola, para presídio federal

Ândrea Malcher
postado em 22/03/2023 12:15
 (crédito: Alesp/Divulgação)
(crédito: Alesp/Divulgação)

O promotor de justiça Lincoln Gakiya, integrante do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), era um dos alvos de sequestro e morte da facção Primeiro Comando da Capital (PCC), segundo a Polícia Federal (PF). A Operação Sequaz foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (22/3), para prender integrantes de organização criminosa que planejava ataques contra servidores e autoridades públicas.

Há 17 anos combatendo ações do grupo, ele foi responsável por transferências de chefes do crime para presídios federais, como Marcos Camacho, o Marcola. Após diversas ameaças, Gakiya vive sob constante escolta.

Marcola estava na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, em São Paulo. Em dezembro de 2018, foi removido para uma unidade federal.

Lincoln Gakiya chegou a criticar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante um dos debates presidenciais no ano passado, afirmando que o governo dele foi responsável pela transferência de Marcola e criticou o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por não tê-lo removido durante os 14 anos de governo petista. O ex-ministro da Justiça Sergio Moro, que determinou a transferência, publicou na época um vídeo concordando com as falas.

“Advirto que não sou petista, mas meu compromisso é com a verdade, independente de partidos políticos. Com todo respeito ao Sergio Moro, ele já se tornou político há muito tempo”, disse o promotor à época.

Operação

A Operação Sequaz cumpre hoje 24 mandados de busca e apreensão e outros 11 de prisão, no Distrito Federal, Roraima, Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Nove pessoas já foram presas. As investigações apontam que integrantes da facção planejavam sequestrar e matar servidores públicos e políticos, dentre eles o senador Sergio Moro (União Brasil).

“Foi investigado e identificado um plano de homicídios contra vários agente públicos (dentre os quais um senador e um promotor de Justiça). Hoje a Polícia Federal está realizando prisões e buscas contra essa quadrilha. Meus cumprimentos às equipes da PF pelo importante trabalho”, escreveu o ministro da Justiça e Segurança Pública , Flávio Dino, em postagem do Twitter.

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