Garimpo ilegal

PF deflagra operação contra exploração sexual em garimpos na Terra Yanomami

Agentes cumpriram, neste sábado (18/3), quatro mandados de busca e apreensão e quatro de prisão temporária contra organização criminosa que recrutava mulheres e adolescentes para serem exploradas em garimpos

Rafaela Gonçalves
postado em 18/03/2023 18:29
 (crédito:  AFP)
(crédito: AFP)

A Polícia Federal deflagrou neste sábado (18/3) uma operação para investigar e prender suspeitos de envolvimento com uma organização criminosa que promoveu exploração sexual de mulheres e adolescentes em garimpos ilegais na Terra Indígena Yanomami. Os agentes cumpriram quatro mandados de busca e apreensão e quatro de prisão temporária em Boa Vista, expedidos pela Vara de Crimes contra Vulneráveis da Justiça de Roraima. 

Segundo a corporação, as investigações tiveram início depois da descoberta de que uma adolescente de 15 anos resgatada na última semana estaria sendo vítima de exploração sexual nos garimpos. Com as informações, os policiais conseguiram identificar os supostos integrantes de uma organização criminosa que estaria levando mulheres e adolescentes para a região.

“Por meio de perfis falsos em redes sociais, os aliciadores fariam o contato com mulheres e adolescentes, ofertando a possibilidade de trabalharem no garimpo nas mais variadas áreas (inclusive na prostituição) com promessa de ganhos irreais”, informou a corporação, em nota.

Depois de aceitarem a proposta, as mulheres eram levadas por um motorista particular do grupo até uma pista clandestina, onde embarcariam em um avião que as deixariam na região do garimpo. Ao chegarem no local, as vítimas eram informadas que seriam cobradas pelo custo do transporte e, por isso, estariam em dívida com a organização criminosa.

O sustento das vítimas, desde a alimentação até a moradia, era cobrado pelos aliciadores, para impedi-las de saírem do local enquanto não quitassem as dívidas cada vez maiores. “Lá chegando, em condições de extrema precariedade, as vítimas eram informadas e cobradas pelos custos do transporte, que custaria até R$ 10 mil, gerando, a partir daí, uma dívida inicial com os gerentes do grupo criminoso”, relatou a PF.

As vítimas chegavam a realizar até 15 programas por noite e sofriam ameaças caso não quisessem se prostituir. Segundo a PF, os principais suspeitos de envolvimento direto com a ação são duas irmãs e o marido de uma delas.

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