A trancista Thais Medeiros, internada após cheirar um frasco de pimenta em conserva durante um almoço de família, não deve conseguir retomar as atividades habituais, de acordo com Rubens Dias, médico da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Anápolis e responsável pelo caso da jovem. Ela teve uma lesão neurológica irreversível e, provavelmente, ficará com sequelas graves.
Segundo o médico, a lesão foi causada pela falta de oxigenação no cérebro de Thais, já que, logo após cheirar a pimenta, ela teve um choque anafilático e uma parada cardiorespiratória. “O que ela teve foi um período que o cérebro não tem oxigenação devida, porque o coração não estava bombeando sangue para o corpo. E ele gera uma lesão que é irreversível e tem um potencial de gravidade muito grande", explicou o médico ao G1.
Thais pode ter uma melhora no quadro neurológico, mas os médicos que acompanham o caso da jovem acreditam que ela não conseguirá voltar à total normalidade. “Voltar às atividades normais dela, isso dificilmente vai acontecer. O cérebro pode ter uma recuperação, mas a gente acredita que voltar às atividades habituais, infelizmente, não”, disse Rubens Dias em entrevista ao G1.
Ela está internada desde 17 de fevereiro, em Anápolis, e, de acordo com o namorado, Matheus Oliveira, Thais apresenta melhoras e responde a alguns estímulos. “Ela mexe com os braços e pernas, abre os olhos. Inclusive quando estava falando com ela hoje (segunda-feira, 13/3), ela abriu bem os olhos para me ver. Ela entende quem está falando com ela e também mexe com a boca. Ela ainda tem secreção no pulmão, que os fisioterapeutas estão limpando. Agora é ter fé que ela vai melhorar”, escreveu Matheus nas redes sociais.
Episódios de asma e reação alérgica
Thais tinha bronquite e asma e, com frequência, apresentava algumas crises alérgicas. De acordo com a mãe da trancista, Adriana Medeiros, ela já ficou internada durante cinco dias na UTI por conta de uma bactéria no pulmão.
As crises alérgicas da jovem, geralmente, eram manifestadas com episódios de falta de ar, tosse, alergias pelo corpo e “pulmão cheio”, mas, até o momento, nunca tinha apresentado reação à pimenta.
O que pode ter acontecido, no caso de Thais, é que a pimenta, por ter um forte odor, pode ter provocado uma crise asmática e os médicos acreditam que, junto a isso, ela apresentou uma grave reação alérgica.
Segundo o relato do namorado de Thais, à CNN, a jovem teve falta de ar desde o momento em que, durante um almoço, cheirou o tempero e precisou ser levada às pressas para o hospital. Na ocasião, por conta da parada cardiorrespiratória, teve um edema cerebral (acúmulo de líquido).
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