O país inicia campanha para vacinação bivalente, que protege da ômicron e variantes, nesta segunda-feira (27/2). Vale destacar que a faixa etária e os grupos prioritários variam de estado para estado.
Segundo o Ministério da Saúde, a vacina bivalente protege mais porque também ataca as subvariantes da ômicron, que apareceram no país no primeiro semestre de 2022, e ainda tem positivado diversas pessoas para covid-19 mesmo já vacinadas com o ciclo base.
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Werciley Vieira, especialista em infectologia do grupo Santa Lúcia, explica o motivo das vacinas mais atualizadas serem importantes e como funcionam na população. “Essas vacinas vão conter duas cepas: inicialmente, a cepa original de Wuhan, junto com a cepa da ômicron. E as variantes e subvariantes que estão circulando no momento ainda são derivadas da ômicron. Foi observada perda da eficácia da vacina quando a pessoa estava infectada com a ômicron, e tinha tomado puramente a primeira cepa. Dessa forma a gente consegue resgatar a potencialização da formação de anticorpos contra as variantes subsequentes à ômicron.”
Nova onda
O médico ressalta ainda que o carnaval é um dos principais motivos para que o país inicie uma ação vacinal, e alerta que a aglomeração causada pelo período festivo pode ser motivo para uma nova onda de positivos.
Segundo a biomédica Deborah Lamar, especialista em virologia e patologias, é possível projetar uma nova onda de casos de covid 19, principalmente com a chegada da nova variante que já está no Brasil. “Entrar em pânico não é o melhor caminho, pelo contrário, é necessário que a população seja incentivada a buscar pela vacinação, tanto os que não completaram o esquema vacinal e principalmente os que não tomaram nenhuma dose. A vacinação é o melhor caminho para o fim da pandemia.”
Deborah diz que, além do incentivo à vacinação, é preciso rever os protocolos de segurança, como o uso de máscara em locais fechados e com muita aglomeração. “Acredito que as aglomerações das últimas semanas, em virtude das eleições, tenham influenciado no aumento da transmissão do vírus.”
A virologista comenta ainda que a pouca adesão de finalização dos ciclos vacinais tem preocupado especialistas na área que apontam para uma possível lotação de leitos e aumento no número de mortalidade, caso de fato haja uma segunda onda causada pela subvariante. E reforça que apenas a vacina bivalente consegue abranger a doença original e as novas variantes.
Campanha de vacinação
As vacinas bivalentes começaram a ser distribuídas na última quinta-feira (23) pelos governos estaduais e serão usadas para reforçar os imunizantes monovalentes.
O primeiro grupo que terá prioridade na imunização são: profissionais da saúde; quem tem mais de 60 anos; pessoas com deficiências; grávidas e puérperas; pacientes com baixa imunidade; quem vive em asilos ou detentos; e povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas.
Mesmo que a pessoa se encaixe em algum destes grupos, só poderá receber a nova vacina quem tomou pelo menos duas doses das vacinas anteriores. O cenário atual do país é de que cerca de 19 milhões de brasileiros ainda não fizeram isso. Para receber o novo imunizante, portanto, é necessário que o cidadão atualize o esquema vacinal.
Inicialmente, 52 milhões de pessoas poderão procurar os postos de vacinação a partir de hoje.
*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro
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