Rota da ilegalidade
De acordo com as investigações, a quadrilha usava motoristas para enviar por via terrestre, em viagens que duravam mais de uma semana, grandes somas de dinheiro — captado de pessoas físicas e jurídicas das regiões Sudeste e Centro-Oeste — para Boa Vista. Lá, era usado para comprar ouro sem registro extraído nos garimpos ilegais da reserva indígena. Os bens de todos os envolvidos foram bloqueados por ordem da 4ª Vara da Justiça Federal em Roraima.
As investigações tiveram início após a Polícia Rodoviária Federal apreender mais de R$ 4 milhões em espécie no interior de um veículo abordado em Cáceres, Mato Grosso. O dinheiro estava sendo levado para Roraima. Na sexta-feira da semana passada, a Polícia Federal já havia cumprido mandados de busca e apreensão em Boa Vista contra suspeitos de lavar dinheiro do garimpo ilegal. Entre os alvos estavam Vanda Garcia de Almeida e Fabrício de Souza Almeida, respectivamente irmã e sobrinho do governador do estado, Antônio Denarium (PP). Outros parentes do governador, cujos nomes não foram divulgados, também estão sob investigação.
A asfixia da rede de comércio e lavagem de dinheiro do ouro ilegal é um dos braços da operação que está desmontando a estrutura clandestina de extração de ouro da Terra Indígena Yanomami.
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