Chegaram ao Território Indígena (TI) ianomâmi, nesta quinta-feira (9/2), antenas móveis de conexão banda larga via satélite. O Ministério das Comunicações enviou de forma emergencial 17 equipamentos para suprir a necessidade de comunicação entre as equipes que trabalham na operação de assistência humanitária aos ianomâmis. Os dispositivos foram enviados às bases de saúde — que se dividem entre Surucucu e Auris — e às bases da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), que está com 20 servidores em campo.
De acordo com fontes ouvidas pelo Correio, esse é um mecanismo que também dará celeridade à comunicação de lideranças no território em relação à insegurança que vivem em relação à retirada dos garimpeiros do território. A estrutura também auxiliará as equipes de saúde que se encontram no território, principalmente na comunicação para atendimentos.
Nove pessoas das Equipes da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) foram treinadas para serem multiplicadoras do conhecimento dentro dos polos de atendimento. O dispositivo funciona como Terminais Transportáveis Telebrás por Satélite, possuem modem wi-fi e podem se conectar a celulares e computadores. Há uma bateria para quando houver falta de energia, com duração de até oito horas.
Segundo as lideranças indígenas, não há risco que as antenas enviadas pelo governo federal sejam usadas pelos garimpeiros para se comunicarem, porque as utilizadas pelos criminosos é acessada de outra forma. Inclusive, era utilizada pelos indígenas para pedir ajuda.
O ministério responsável pelo envio estuda a possibilidade das antenas serem instaladas de forma permanente no território após o fim da operação.
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