A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, que está na base Surucucu, na Terra Indígena (TI) Yanomami confirmou, nesta segunda-feira (6/2), a morte de três ianomâmis de recém-contato. De acordo com o líder indígena Júnior Hekurari Yanomami, os assassinatos foram causados por garimpeiros ilegais que estão em fuga pelo território. Debandada começou após após o governo federal anunciar o fechamento do espaço aereo da região.
“Conforme apurado pela equipe de segurança em campo, os corpos estão rendidos dentro dos garimpos, um na região de Hamoxi e os outros dois na região de Parima, na pista do garimpo Xiriana”, informa nota do ministério.
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O local tem forte presença de garimpeiros e é onde se encontra a pista de pouso Jeremias — palco, neste fim de semana, de uma aglomeração dessas pessoas que tentavam fugir. Os garimpeiros enfrentam dificuldade para sair da região porque aviões clandestinos se recusam a voar sob a área, obrigando os grupos a deixar o local por terra.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, informou hoje querer que a saída dos garimpeiros na TI ocorra em “paz e sem conflitos”. Apesar disso, determinou a “ampliação da presença da Polícia Federal e da Força Nacional em Roraima ao longo desta semana”.
Retirada de corpos
O Ministérios dos Povos Indígenas trabalha em conjunto com a Fundação dos Povos Indígenas (Funai) para retirar os corpos do local. O objetivo é fazer a remoção até a comunidade de origem das vítimas, para que seja realizado o ritual fúnebre, de acordo com a cultura da etnia. Em nota, a pasta diz que os ianomâmis "temem o conflito se tentarem eles próprios resgatarem os corpos”.
Guajajara acompanha as operações de combate ao garimpo ilegal e de assistência médica e social em Roraima desde domingo (5). Hoje, a ministra segue visitando as aldeias no entorno, antes de voltar à Boa Vista ao fim do dia.
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