A quatro dias do fechamento dos dados de janeiro de 2023, o alerta de desmatamento na Amazônia feito pelo sistema Deter aponta queda na série histórica. O acumulado de alertas na Amazônia Legal está em 121 km2, a terceira menor marca para o mês até então na série histórica, que teve início em 2015. Os números são do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe).
A Amazônia Legal corresponde a 59% do território brasileiro e engloba a área de oito estados (Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins).
Os alertas são feitos pelo Deter, que produz sinais diários de alteração na cobertura florestal para áreas maiores que três hectares, tanto para áreas totalmente desmatadas quanto para aquelas em processo de degradação florestal (por exploração de madeira, mineração, queimadas e outras).
Os dados podem ter alteração até a finalização da análise dos dados pelo Inpe, que costuma rever a influência de fatores como a cobertura de nuvens na medição das taxas. Até o momento, com os 121 km² — uma área do tamanho da cidade de Niterói —, a taxa deste ano só ficou acima das marcas de 2017 e 2021, quando o índice chegou a 58 e 83 km², respectivamente.
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, criticou a política ambiental dos últimos anos e ressaltou o compromisso do novo governo com o desmatamento zero no bioma, uma das promessas de campanha do presidente Lula. Apesar dessa queda pontual, o desmatamento na Amazônia cresceu 59,5% durante os quatro anos de governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a maior alta percentual num mandato presidencial desde o início das medições por satélite, em 1988.
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