A partir desta quarta-feira (1°/2), o céu do Brasil será palco para a passagem de um cometa que há 50 mil anos não passa pela Terra. O C/2022 E3 (ZTF) tem coloração esverdeada e requer condições favoráveis para ser visível a olho nu.
De acordo com o astrônomo Filipe Monteiro, do Observatório Nacional, a melhor maneira de observar o cometa é usando binóculos e em áreas não urbanas, sem muitos prédios, uma vez que geralmente têm mais poluição luminosa, são as condições ideais para observá-lo.
"Para facilitar ainda mais a observação do cometa, o indicado é procurar pelo cometa quando a lua não estiver mais no céu", explica Monteiro.
Apesar de já poder ser visto no dia 1º, o melhor dia observar a passagem do cometa pela Terra é em 10 de fevereiro, quando o corpo celeste estará bem próximo do planeta Marte, de acordo com o especialista.
Uma das dicas do astrônomo é para que, para os iniciantes e fotógrafos casuais, a melhor estratégia é tentar fotografar o cometa apontando a câmera para sua localização aproximada no céu e tirando fotos de longa exposição de 20 a 30 segundos.
"Ao visualizar as imagens, possivelmente você irá notar um objeto difuso e com cauda. Usando essa técnica, muitos estão conseguindo fotografar o cometa mesmo que não o veja no céu”, garante Filipe.
Vale o lembrete de que as condições mais favoráveis para ver o cometa são o com o céu escuro (sem a lua) e ausência de poluição luminosa.
O cometa C/2022 E3 (ZTF)
Descoberto em março do ano de 2021 pelo programa Zwicky Transient Facility (ZTF), que opera o telescópio Samuel-Oschin, na Califórnia, o cometa foi detectado ao passar pela órbita de Júpiter e tem diâmetro pequeno, com cerca de 1km.
A última passagem dele próximo a Terra ocorreu há mais de 50 mil anos, quando a o planeta era habitado por neandertais.
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