O ex-deputado federal e líder da Frente Parlamentar Ambientalista na Câmara dos Deputados, Rodrigo Agostinho, tomou posse, nesta terça-feira (28/2), como presidente do presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A cerimônia teve a presença da ministra da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante.
Mercadante reforçou que o banco priorizará a economia verde e será um parceiro do Ibama para isso, com o Fundo Amazônia. Para ele, para continuar a limpeza de atividades ilegais nas florestas, como a recente expulsão dos garimpeiros em Roraima, é preciso criar alternativas de renda para a região. “Proteger os povos originários será prioridade no governo, mas precisa criar alternativas de desenvolvimento para o país, o Fundo Amazônia veio para isso”, endossou.
Ele ainda comparou o trabalho dos servidores do Ibama na última gestão com os dos profissionais da saúde que enfrentaram o negacionismo na pandemia. "Não só eles (profissionais da saúde) expuseram a vida deles para vacinar, tratar, (...) mas tiveram que combater o negacionismo daqueles que não acreditavam na ciência e no vírus e foram corresponsáveis por mortes no Brasil e no mundo. Vocês do Ibama estão na mesma condição, com atitudes heroicas no meio do fogo, enfrentando o negacionismo daqueles que não reconhecem que há uma grave crise climática no planeta", comparou Mercadante.
Marina Silva reforçou o compromisso de uma "nova geração" com a sustentabilidade e a importância de ter autoridades declarando esse fortalecimento. Ela acredita que o Ibama passará a exercer novamente o seu papel de órgão fiscalizador e executor de políticas públicas climáticas e do meio ambiente com os seus servidores e não mais com militares tomando para si as atividades. “O Ibama voltará a fazer a sua atividade constitucional, não será mais tomado por processos militares que aviltaram o trabalho de vocês”, disse a ministra.
Para ela, o trabalho é de parceria com os outros ministérios e agentes. Marina ainda defendeu a montagem do que chamou de frente ampla com a academia, secretarias e outros atores sociais. “Sempre trabalhamos assim, mas não substituindo o trabalho de vocês”, complementou dirigindo-se aos servidores.
Em seu discurso, Agostinho não definiu prazos a serem cumpridos, mas definiu direcionamentos que o órgão tomará em sua gestão, como o combate aos incêndios florestais e a redução do desmatamento.
“O Ibama vai voltar a ser um órgão forte. Temos um bom diagnóstico, temos servidores dedicados. Vamos enfrentar os desafios que estão aí. O tema dos incêndios florestais, a gente sabe que os incêndios serão cada vez piores. Não sei se reduz o desmatamento no primeiro trimestre, mas estamos perseguindo o caminho certo de valorizar a natureza e os nossos ativos”, detalhou. “Estamos trabalhando de forma muito criativa para trabalhar com a estrutura muito menor do que a que gostaríamos”, concluiu.
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