Um dos dois suspeitos da chacina ocorrida em um bar na cidade de Sinop, a cerca de 500 km de Cuiabá (MT), Edgar Ricardo de Oliveira se entregou à Polícia Civil nesta quinta-feira (23/2). Ele estava foragido desde a última terça-feira, quando ocorreu o crime. O cúmplice, Ezequias Souza Ribeiro, morreu em confronto com a Polícia Militar, na tarde de ontem.
Segundo o delegado Bráulio Junqueiro, Edgar estava em um imóvel no bairro Jardim Califórnia. “Quando chegamos, ele abriu o portão, com a mão na cabeça, e já se entregou. Nós o conduzidos para delegacia e, agora, vamos interrogá-lo e adotar as providências legais cabíveis ao caso", afirmou.
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O delegado disse ainda que Edgar chegou a confessar o crime informalmente. “Não tem como negar. Ele também apresentou a versão dele informalmente, em off, para gente. Vai responder por sete homicídios, todos qualificados.”
A Polícia Civil divulgou que os autores da chacina têm diversas passagens pela polícia. Bráulio informou também que Ezequias já havia sido fichado por porte ilegal de arma, roubo, formação de quadrilha, lesão corporal e ameaça, além de ter um mandado de prisão em aberto. Já Edgar tem passagem por violência doméstica.
Entenda o crime
Edgar e Ezequias mataram sete pessoas em Sinop, após perder cerca de R$ 4 mil em uma partida de sinuca em um bar local. O crime foi captado pelas câmeras de segurança do comércio, que mostram o momento em que um dos homens ordena, com uma pistola, que algumas das vítimas fiquem viradas para a parede. Enquanto isso, o outro se aproxima com uma espingarda 12 mm e atira contra as pessoas. Algumas das vítimas tentaram fugir, mas foram atingidas do lado de fora do estabelecimento.
Os homens roubaram o dinheiro que estava em uma das mesas de sinuca após a execução, fugindo, em seguida, em uma caminhonete. Seis pessoas morreram no local e um homem chegou a ser socorrido em estado grave pelo Corpo de Bombeiros, mas não resistiu.
O delegado responsável pela investigação disse que, em depoimento, testemunhas afirmaram que o clima no bar estava tranquilo antes do crime. “Em momento algum, houve discussão ou desentendimento. Aparentemente, estava tudo normal”, revelou Bráulio Junqueiro.
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