O governo brasileiro enviou profissionais e equipamentos ao Chile para auxiliar no combate aos incêndios que assolam a região centro-sul do país. Até o momento, segundo último levantamento do Serviço Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres (Senapred) Chileno, as chamas consumiram mais de 432 mil hectares, área equivalente a mais de 10 Parques Nacionais de Brasília, deixando 25 mortos e 1.504 construções destruídas.
A Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) enviou 36 profissionais, dois aviões — sendo um deles equipado com um sistema de combate a incêndios —, e equipamentos como bombas de alta pressão e drones. Os aviões chegaram ao Chile na sexta-feira passada (10/2). No mesmo dia, a equipe da Força Nacional partiu de Brasília, levando as ferramentas de combate às chamas, chegando ao país na terça-feira (14). Segundo o Itamaraty, o deslocamento foi feito por terra pelo volume e peso dos equipamentos.
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A missão é coordenada pelo Itamaraty, por meio da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), e envolve ainda os ministérios da Justiça e Segurança Pública, da Defesa e do do Meio Ambiente e da Mudança do Clima.
Além do Brasil, outros países enviaram equipes ao Chile para combater os mais de 50 incêndios que ocorrem na região centro-sul. São 800 brigadistas estrangeiros trabalhando com os bombeiros locais. O presidente chileno, Gabriel Boric, viaja hoje (16) à região de Biobío para supervisionar as ações.
Veja a cronologia da ajuda humanitária brasileira ao Chile:
- 8 de fevereiro - O presidente Lula autoriza o envio de ajuda ao Chile para o combate aos incêndios;
- 9 de fevereiro - O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, assina decreto para autorizar o deslocamento da equipe;
- Entre 9 e 10 de fevereiro - Chegam ao Chile dois aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) equipados com um sistema de combate a incêndios, instalado em uma aeronave modelo Hércules C-130;
- 10 de fevereiro - A Força Nacional de Segurança Pública envia 36 profissionais, com equipamentos para o combate ao fogo, como bombas de alta pressão, reservatórios flexíveis de água e drones. O grupo parte de Brasília em direção ao país;
- 14 de fevereiro - A equipe chega ao Chile e começa a atuar no combate às chamas. Segundo o Itamaraty, o deslocamento foi feito por via terrestre devido ao peso e volume dos equipamentos.
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