Registro civil

IBGE: total e taxa de crescimento anual de mortes batem recorde no Brasil

O IBGE também registrou a menor taxa de nascimentos desde 2003. Casamentos e divórcios cresceram. Saiba a média de idade em que mulheres e homens se divorciam

Raphaela Peixoto*
postado em 16/02/2023 12:09
 (crédito: Reprodução)
(crédito: Reprodução)

Nesta quinta-feira (16/2), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados estatísticos sobre registro civil referente ao ano de 2021. De acordo com a pesquisa, o número de óbitos no país cresceu 18%, alcançando a marca de 1,8 milhão. Contudo, foi registrada a menor taxa de nascimentos desde 2003, quando nasceram 2,6 milhões de bebês, uma queda de 1,6%, quando comparado com 2020. O órgão também afirma que a taxa de crescimento anual de mortes e o total de óbitos foram recordes da série histórica, iniciada em 1974.

O instituto aponta também que o número de mortes em 2021 superou o de 2020 entre os adultos de 40 a 49 anos (35,9%) e de 50 a 59 anos (31,3%). Já os óbitos no grupo de 70 a 79 anos e de 80 anos ou mais, o crescimento foi menor do que no ano anterior. Outro dado da pesquisa é que óbitos femininos (20%) cresceram em relação ao masculino (16,5%).

O levantamento evidencia também que o aumento dos óbitos ocorreu especialmente no 1º semestre de 2021, sendo no mês de março o maior número de óbitos registrados (202,5 mil) — valor 77,8% superior ao registrado em março de 2020. A partir de julho de 2021, há uma tendência de queda, e o número de óbitos começou a diminuir a partir de setembro em relação ao mesmo mês do ano anterior.

Já quanto a taxa de natalidade, as regiões Norte e Nordeste apresentaram as maiores taxas de mães com menos de 20 anos, cerca de 19,6%. A região com o menor número de mães nessa condição é o Sul, com 10%. Em todo o país, em média, 38% dos bebês nascidos em 2021 foram gerados por mães com 30 anos ou mais.

Segundo o IBGE, a redução de registros de nascimentos observados pelo terceiro ano consecutivo parece estar associada à queda da natalidade e da fecundidade no país, já sinalizada pelos últimos censos demográficos. Outra hipótese é que a pandemia de covid-19, iniciada no ano de 2020, provavelmente,  gerou insegurança entre os casais, fazendo com que a decisão pela gravidez tenha sido adiada.

 

  • Tabela IBGE IBGE/Divulgação
  • Tabela IBGE IBGE/Divulgação
  • Tabela IBGE IBGE/Divulgação
  • Tabela IBGE IBGE/Divulgação

Casamentos e divórcios cresceram

Os dados também abrangem as relações conjugais. Em 2021, foram registrados 932,5 mil casamentos civis, uma alta de 23,2% em relação a 2020. Todavia, o número anual ainda não alcançou o patamar pré-pandemia, que tinha média superior a 1 milhão de uniões por ano. 

Outro aumento expressivo foi o de casamentos homoafetivos, 43% em relação a 2020. Foram registrados 9.202 casamentos entre pessoas do mesmo sexo, nos quais casais de lébiscas foram os mais contabilizados (45%), contra 40,1% de casais compostos por homens.

Já sobre o número de divórcios, foram 386,8 mil processos em primeira instância ou divórcio extrajudicial, um aumento de 16,8% em relação a 2020 — o maior aumento ano a ano, desde 2011.

Em 2021, 55,8% dos divórcios foram entre casais com filhos menores. Em média, as mulheres terminam com seus parceiros aos 40 anos, enquanto os homens terminam mais aos 43.

Veja a pesquisa aqui. 

 

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