Saúde

Cobertura de vacina contra covid é menor entre populações indígenas no Brasil

Fiocruz traçou dados de indígenas e não indígenas sobre a cobertura vacinal da população

Mariana Albuquerque*
postado em 15/02/2023 13:10 / atualizado em 15/02/2023 13:11
 (crédito: Nelson Almeida/ AFP)
(crédito: Nelson Almeida/ AFP)

Em meio à crise humanitária vivida pelo povo ianomâmi em Roraima, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou nesta quarta-feira (15/2) artigo que mostra que a população indígena tem uma proporção menor de pessoas com esquema vacinal completo em relação ao restante da população. Aponta ainda uma cobertura desigual de vacinas contra covid-19 entre indígenas e não indígenas, principalmente entre crianças e adolescentes.

Do total pesquisado, 48,7% dos indígenas foram contabilizados como vacinados por completo. A diferença é de 26,1% quando comparada à população não indigena que foi imunizada, 74,8%. 

Desigualdades na cobertura vacinal de covid-19 entre populações indígenas e não indígenas foram estimadas em um estudo conduzido por pesquisadores do Centro de Integração de Dados em Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia), junto com London School of Hygiene and Tropical Medicine e Universidade de São Paulo.

O estudo vinculou dados nacionais sobre imunização com registros de sintomáticos e de Infecção Respiratória Aguda Grave e estudou uma grupo de indígenas vacinados com mais de 5 anos entre 18 de janeiro de 2021 e 1º de março de 2022.

Situação Ianomâmi

Segundo relatório divulgado pelo Ministério da Saúde, o índice de cobertura do esquema vacinal completo da população ianomâmi em Roraima saiu de 80% em 2018 para o patamar de 53% em 2022, em mais um indício do quadro de desmonte na saúde que assola os povos originários na região.

Os dados coletados pela pasta também apontam que o número de casos de malária no território aumentou mais de 105%. Em 2018, eram 9.928 casos, saltando para 20.393 diagnósticos para a doença em 2022. 

*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro

Notícias gratuitas no celular

O formato de distribuição de notícias do Correio Braziliense pelo celular mudou. A partir de agora, as notícias chegarão diretamente pelo formato Comunidades, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp. Não é preciso ser assinante para receber o serviço. Assim, o internauta pode ter, na palma da mão, matérias verificadas e com credibilidade. Para passar a receber as notícias do Correio, clique no link abaixo e entre na comunidade: 

Apenas os administradores do grupo poderão mandar mensagens e saber quem são os integrantes da comunidade. Dessa forma, evitamos qualquer tipo de interação indevida.

Cobertura do Correio Braziliense

Quer ficar por dentro sobre as principais notícias do Brasil e do mundo? Siga o Correio Braziliense nas redes sociais. Estamos no Twitter, no Facebook, no Instagram, no TikTok e no YouTube. Acompanhe!

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação

CONTINUE LENDO SOBRE