Em meio à crise humanitária vivida pelo povo ianomâmi em Roraima, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou nesta quarta-feira (15/2) artigo que mostra que a população indígena tem uma proporção menor de pessoas com esquema vacinal completo em relação ao restante da população. Aponta ainda uma cobertura desigual de vacinas contra covid-19 entre indígenas e não indígenas, principalmente entre crianças e adolescentes.
Do total pesquisado, 48,7% dos indígenas foram contabilizados como vacinados por completo. A diferença é de 26,1% quando comparada à população não indigena que foi imunizada, 74,8%.
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Desigualdades na cobertura vacinal de covid-19 entre populações indígenas e não indígenas foram estimadas em um estudo conduzido por pesquisadores do Centro de Integração de Dados em Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia), junto com London School of Hygiene and Tropical Medicine e Universidade de São Paulo.
O estudo vinculou dados nacionais sobre imunização com registros de sintomáticos e de Infecção Respiratória Aguda Grave e estudou uma grupo de indígenas vacinados com mais de 5 anos entre 18 de janeiro de 2021 e 1º de março de 2022.
Situação Ianomâmi
Segundo relatório divulgado pelo Ministério da Saúde, o índice de cobertura do esquema vacinal completo da população ianomâmi em Roraima saiu de 80% em 2018 para o patamar de 53% em 2022, em mais um indício do quadro de desmonte na saúde que assola os povos originários na região.
Os dados coletados pela pasta também apontam que o número de casos de malária no território aumentou mais de 105%. Em 2018, eram 9.928 casos, saltando para 20.393 diagnósticos para a doença em 2022.
*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro
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