Saúde

Exame descarta surto da rubéola em crianças de Goiânia

O diagnóstico também foi negativo para sarampo e dengue. No entanto, a secretaria continuará acompanhando as crianças

Agência Estado
postado em 09/02/2023 13:41 / atualizado em 09/02/2023 13:41
 (crédito:  Paulo H. Carvalho/CB/D.A Press)
(crédito: Paulo H. Carvalho/CB/D.A Press)

A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, em Goiás, descartou os quatro casos de rubéola na cidade que estavam sob investigação desde terça-feira, dia 7. A secretaria disse nesta quinta-feira, 9, que recebeu os resultados dos exames das quatro crianças. O diagnóstico também foi negativo para sarampo e dengue. No entanto, a secretaria continuará acompanhando as crianças, embora já estejam liberadas para retornar para a escola.

Entre os suspeitos estavam duas crianças (gêmeas) abaixo de 12 meses (não vacinadas por causa da pouca idade), uma criança de 8 meses (não vacinada pela mesma razão) e uma criança de 2 anos e 6 meses vacinada. Os estudantes de um Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) apresentaram sintomas característicos da doença e foram isolados.

A rubéola, assim como o sarampo e a dengue, é uma doença exantemática, que faz parte do grupo de enfermidades que causam manchas na pele, principalmente em crianças.

Antes mesmo dos resultados, a secretaria afirmou ainda que a vigilância em saúde da SMS realizou o bloqueio vacinal contra rubéola na unidade de ensino e junto aos familiares dos estudantes. "As crianças foram isoladas. Também foi feito o bloqueio para combate ao mosquito da dengue", disse, em nota.

Conforme a secretaria, 83% das crianças receberam a vacina tríplice viral em Goiânia. Em 2021 e no ano passado, não foi confirmado caso no município.

O que á e a rubéola?

Segundo o Ministério da Saúde, a rubéola é uma doença aguda, de alta contagiosidade, transmitida pelo vírus do gênero Rubivirus, da família Togaviridae. No campo das doenças infectocontagiosas, a importância epidemiológica da rubéola está representada pela ocorrência da Síndrome da Rubéola Congênita (SRC) que atinge o feto ou o recém-nascido, cujas mães se infectaram durante a gestação, de acordo com a pasta.

"A infecção por rubéola na gravidez acarreta inúmeras complicações para a mãe, como aborto e natimorto (feto expulso morto) e para os recém-nascidos, como malformações congênitas (surdez, malformações cardíacas, lesões oculares e outras)", afirma o ministério.

Sintomas

- Febre baixa.

- Surgimento de gânglios linfáticos.

- Aparecimento de manchas rosadas - que se espalham primeiro pelo rosto e depois pelo resto do corpo.

Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a rubéola é comumente confundida com outras doenças, pois sintomas como dores de garganta e de cabeça são comuns a outras infecções, dificultando seu diagnóstico. Desta forma, exames realizados auxiliam na confirmação do diagnóstico. "A rubéola é particularmente perigosa na forma congênita. Neste caso, pode deixar sequelas irreversíveis no feto como: glaucoma, catarata, malformação cardíaca, retardo no crescimento e surdez", disse a Fiocruz.

Transmissão

O período de incubação médio do vírus, ou seja, tempo em que os primeiros sinais levam para se manifestar desde a infecção, varia em torno de duas semanas. Geralmente, a transmissão acontece de uma pessoa a outra pela emissão de gotículas das secreções respiratórias das pessoas doentes.

O diagnóstico é feito por meio de análises clínicas, epidemiológicas e laboratoriais que confirmam ou descartam os casos.

Tratamento

Não existe tratamento específico para a rubéola. Os sintomas apresentados devem ser tratados de acordo com os sintomas, como no caso de febre.

Prevenção

"Filhos de mães imunes geralmente permanecem protegidos por anticorpos maternos em torno de seis a nove meses após o nascimento", afirma a Fiocruz. Para diminuir a circulação do vírus da rubéola, a vacinação é essencial.

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