Com uma população de pouco mais de 3 milhões de pessoas, o Distrito Federal é a unidade da Federação com maior número de médicos em relação ao número de habitantes. Cada grupo de mil brasilienses tem à disposição 5,53 profissionais. É uma taxa bem superior à do segundo colocado, Rio de Janeiro, com 3,77 médicos para cada mil pessoas.
Os dados constam do estudo Demografia Médica no Brasil, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), em parceria com a Associação Médica Brasileira e a Fundação Faculdade de Medicina, além do apoio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), divulgado ontem. São números que confirmam a distribuição desigual dos profissionais de medicina pelo país.
Na ponta oposta da lista, com menos de dois médicos por 1.000 habitantes, estão todos os estados da Região Norte e cinco do Nordeste: Ceará, Alagoas, Bahia, Piauí e Maranhão. O Pará é o estado com a pior relação: apenas 1,18 profissional de medicina para cada milhar de habitantes.
Enquanto os moradores das 27 capitais podem contar com seis médicos para cada grupo de mil moradores, nas cidades das regiões metropolitanas essa relação despenca para apenas 1,14 — menos do que o da relação médico/população registrado nas cidades do interior (1,84). Isso representa que os médicos estão fortemente concentrados nos grandes centros, enquanto faltam profissionais no interior e nas cidades que integram regiões metropolitanas.
O estudo traz informações relevantes para os formuladores de políticas públicas na área da saúde. Pelo menos 11 estados têm menos de dois médicos por grupo de mil habitantes. Entre as capitais, Vitória, com 14,49 médicos por mil habitantes, é a cidade com maior densidade do país, seguida por Florianópolis (12,21) e Porto Alegre (10,24). No fim da lista estão Macapá (2,12), Rio Branco (2,25) e Boa Vista (2,32).
As 49 cidades com mais de 500 mil habitantes (31,9% da população) concentram 61,9% do total dos médicos. Já os 4.890 municípios com menos de 50 mil moradores, onde vivem 31% dos brasileiros, contam com apenas 8% do total.
Menos profissionais
Na comparação com países desenvolvidos, a relação médico/1 mil habitantes do Brasil (2,6) é menor do que a média dos integrantes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), de 3,36.
O relatório projeta, para 2035, mais de 1 milhão de médicos atuando no Brasil, praticamente o dobro da quantidade atual, com reflexos na densidade. Até lá, o país contará com mais de 4,4 médicos por milhar da população. E de acordo com as projeções da FMUSP, as médicas já serão maioria a partir do ano que vem.
Por especialidade, o relatório apurou que clínica médica, pediatria e cirurgia geral são as que mais atraem os profissionais, com mais de 40 mil registros cada. Ginecologia e obstetrícia, anestesiologia, ortopedia e traumatologia, medicina do trabalho e cardiologia vêm na sequência, empregando entre 20 mil e 40 mil profissionais cada uma.
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