O Ministério da Saúde e a Presidência da República tem planos de orçamento específico para mitigar a situação de Emergência Nacional de Saúde Pública em território ianomâmi. A informação foi dada em coletiva de imprensa, nesta terça-feira (7/2), pelo secretário de Saúde Indígena, Ricardo Weibe Tapeba. "A situação é de muita precariedade, por isso é fundamental ampliar a nossa capacidade para além da assistência básica, que é a atuação principal da Sesai", apontou o titular.
Weibe acrescentou a importância de se implantar uma unidade de média complexidade no próprio território indígena. "Assim, conseguiremos minimizar os efeitos de remoção dos pacientes e conseguiremos atender os parentes dos indígenas pacientes no mesmo local. Para isso, precisamos ao menos de dois hospitais de campanha em território ianomâmi", reforçou o secretário.
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Weibe detalhou, no entanto, que não é possível realizar uma estimativa de data de quando as unidades estarão em funcionamento. "Antes, é necessário melhorar a situação das pistas. Mas já há uma decisão que tão logo isso for possível, estaremos realizando a implementação", garantiu.
Gravidade alimentar
O secretário também destacou as dificuldades e o "aparelhamento" que o Distrito Sanitário Especial Indígena (DSei) Yanomami sofreu nos últimos anos. "O DSei foi uma verdadeira vítima de questões políticas no último governo", afirmou.
Durante a coletiva, o coordenador do Centro de Operações de Emergência (COE) Local, Hernane Guimarães, destacou algumas ações já realizadas pela força-tarefa. "Entre 16 e 28, houve a entrega de 2,9 mil cestas alimentícias na região de Surucucu e 770 em Auaria. Para os próximos dias são esperadas a entrega de mais 4,9 mil", detalhou.
Hernane também salientou a logística desprendida pelo COE para atender a urgência de saúde. "Foram mais de 1,1 mil horas de voo realizada, 90 toneladas de insumos e equipamentos deslocados e 618 pessoas transportadas", disse.
No relatório do COE também consta quais as principais causas de pacientes internados na Casa de Apoio à Saúde Indígena (Casai). Sendo 31 por desnutrição, 28 por pneumonia, 18 por malária, 14 em pré-natal, além de outros diagnósticos realizados.
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