A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, que está na base Surucucu, na Terra Indígena (TI) Yanomami confirmou, nesta segunda-feira (6/2), a morte de três ianomâmis de recém-contato. De acordo com o líder indígena Júnior Hekurari Yanomami, os assassinatos foram causados por garimpeiros ilegais que estão em fuga pelo território. Debandada começou após após o governo federal anunciar o fechamento do espaço aereo da região.
“Conforme apurado pela equipe de segurança em campo, os corpos estão rendidos dentro dos garimpos, um na região de Hamoxi e os outros dois na região de Parima, na pista do garimpo Xiriana”, informa nota do ministério.
- Dino estima que 80% dos garimpeiros ilegais deixem Terra Yanomami esta semana
- Crise humanitária: mais uma criança yanomami morre em Roraima
Saiba Mais
- Brasil Defesa Civil de Roraima alertou Damares sobre a situação ianomâmi
- Brasil Fizemos vários alertas sobre os yanomami ao governo, mas resposta foi insuficiente, diz representante da ONU
- Política Sonia Guajajara diz que garimpeiros começaram a deixar o território Ianomâmi
- Brasil Imagens mostram garimpeiros abandonando terra Yanomami após bloqueio aéreo
O local tem forte presença de garimpeiros e é onde se encontra a pista de pouso Jeremias — palco, neste fim de semana, de uma aglomeração dessas pessoas que tentavam fugir. Os garimpeiros enfrentam dificuldade para sair da região porque aviões clandestinos se recusam a voar sob a área, obrigando os grupos a deixar o local por terra.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, informou hoje querer que a saída dos garimpeiros na TI ocorra em “paz e sem conflitos”. Apesar disso, determinou a “ampliação da presença da Polícia Federal e da Força Nacional em Roraima ao longo desta semana”.
Retirada de corpos
O Ministérios dos Povos Indígenas trabalha em conjunto com a Fundação dos Povos Indígenas (Funai) para retirar os corpos do local. O objetivo é fazer a remoção até a comunidade de origem das vítimas, para que seja realizado o ritual fúnebre, de acordo com a cultura da etnia. Em nota, a pasta diz que os ianomâmis "temem o conflito se tentarem eles próprios resgatarem os corpos”.
Guajajara acompanha as operações de combate ao garimpo ilegal e de assistência médica e social em Roraima desde domingo (5). Hoje, a ministra segue visitando as aldeias no entorno, antes de voltar à Boa Vista ao fim do dia.
Notícias no celular
O formato de distribuição de notícias do Correio Braziliense pelo celular mudou. A partir de agora, as notícias chegarão diretamente pelo formato Comunidades, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp. Não é preciso ser assinante para receber o serviço. Assim, o internauta pode ter, na palma da mão, matérias verificadas e com credibilidade. Para passar a receber as notícias do Correio, clique no link abaixo e entre na comunidade:
Apenas os administradores do grupo poderão mandar mensagens e saber quem são os integrantes da comunidade. Dessa forma, evitamos qualquer tipo de interação indevida. Caso tenha alguma dificuldade ao acessar o link, basta adicionar o número (61) 99666-2581 na sua lista de contatos.
Cobertura do Correio Braziliense
Quer ficar por dentro sobre as principais notícias do Brasil e do mundo? Siga o Correio Braziliense nas redes sociais. Estamos no Twitter, no Facebook, no Instagram, no TikTok e no YouTube. Acompanhe!
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.