Fernando Junqueira Ferraz Filho, fazendeiro de Leopoldina, na Zona da Mata de Minas Gerais, é um dos alvos da Polícia Federal na terceira fase da operação 'Lesa Pátria' nesta sexta-feira (27/1). Ele participou dos atos golpistas em Brasília, em 8 de janeiro, e se notabilizou por ter gravado um vídeo agradecendo amigos por financiarem sua ida à capital federal.
A Polícia Federal cumpriu hoje 27 mandados de busca e apreensão, sendo quatro deles em Minas. De acordo com o G1, Junqueira é alvo de uma das operações. Ainda na Zona da Mata, duas pessoas que participaram dos atos de vandalismo foram presas.
Junqueira gravou dois vídeos em momentos diferentes dos atos bolsonaristas. Em ambos ele agradece a amigos de Leopoldina e diz que houve uma contribuição para sua presença em Brasília. O material apreendido na Operação 'Lesa Pátria' tem como um dos objetivos descobrir quem financiou os atos de vandalismo na sede dos Três Poderes da República.
“A meu amigo Tonico e a todos os leopoldinenses que contribuíram para que nós pudéssemos estar aqui representando vocês. Saibam que não foi à toa. Estamos em concentração em frente ao QG de Duque de Caxias. Estamos aguardando orientações para seguirmos para a praça dos Três Poderes. A multidão não para de chegar, já tem mais de 10 mil ônibus aqui, barracas e acampamentos. Podem ter certeza, não arredaremos o pé enquanto nossos objetivos de liberdade foram alcançados. Chega da ditadura da toga” , diz o fazendeiro em trecho do vídeo.
Junqueira é primo do prefeito de Leopoldina, Pedro Augusto Junqueira Ferraz (PL). O mandatário da cidade, correligionário do ex-presidente Jair Bolsonaro, mostrou-se contrário aos atos antidemocráticos e afirmou que a responsabilidade pela participação é exclusivamente de Fernando.
Operação 'Lesa Pátria'
A terceira fase da operação que investiga participantes, fomentadores ou financiadores dos atos golpistas de 8 de janeiro foi deflagrada nesta sexta-feira. Ao todo, são 11 mandados de prisão e 27 de busca e apreensão em Santa Catarina, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Paraná, Espírito Santo e Minas Gerais.
Segundo a PF, os fatos investigados constituem os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
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