Jornal Correio Braziliense

Garimpo Ilegal

Contra garimpo ilegal, Ibram pede emissão de notas eletrônicas na venda de ouro

Presidente da entidade entregou um ofício para secretário especial da Receita Federal sugerindo que torne obrigatória a emissão dos comprovantes digitais em substituição às de papel ou manuscritas

O Ibram (Mineração do Brasil) afirmou, nesta segunda-feira (24/1), que é “urgente” a rastreabilidade das negociações dentro do comércio de ouro. Acreditam que dessa forma se conseguirá controlar a expansão do garimpo na Amazônia. Esse foi uma das alternativas propostas na reunião que ocorreu hoje entre o presidente da associação, Raul Jungmann, e o secretário especial da Receita Federal, Robinson Sakiyama Barreirinhas.

Para a entidade, a medida deve ser feita por notas fiscais eletrônicas, por isso o presidente entregou ao representante da receita um ofício pedindo que a autarquia torne obrigatória a emissão dos comprovantes digitais. Essa passará a substituir as notas em papel, que podem ser manuscritas.

Sakiyama prometeu celeridade, inclusive levando o assunto ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Essa poderá ser uma forma de “coibir” os crimes e seguir quem estiver executando algum processo ilegal.

O garimpo ilegal se expandiu nos últimos anos. A falta de fiscalização e a flexibilização de regras ambientais fomentou a atividade criminosa que tem incomodado as empresas com regulamentação.

Outra consequência sobre o assunto tem sido a situação de calamidade pública que se encontra a Terra Indígena (TI) Yanomami. A concentração do garimpo ilegal na região — que é legalmente proibido —, junto com o descaso da antiga gestão federal, tem sido os agentes causadores da crise sanitária e humanitária que se instalou no local.

O Ibram já havia se manifestado a favor sobre a interrupção da atividade. Também solicitou apoio ao Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários para aumentar a fiscalização sobre as Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários (DTVMs), empresas que negociam ouro com o garimpo.

Além disso, pediu que o Ministério das Relações Exteriores (MRE) exigisse dos compradores estrangeiros de ouro no Brasil a certificação de origem. Para a Polícia Federal (PF), foi solicitado o uso de tecnologias para o rastreamento.

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