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Gilmar Mendes pede responsabilização sobre crise humanitária dos ianomâmis

O ministro do Supremo Tribunal Federal classifica como urgente a investigação e chama de tragédia a situação na qual foi decretada calamidade pública

Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), disse que é preciso a "apuração das responsabilidades" da situação crítica de saúde em que se encontram os indígenas que vivem na Terra Indígena (TI) Yanomami. Ele ainda sugere que pelo tamanho do caos, não supõe que seja algo "improvisado". Na sexta-feira (20/1), o governo federal decretou calamidade pública no território. 

“A inaceitável situação de penúria dos Yanomamis, agora revelada, é uma tragédia muito grande para acreditarmos que foi improvisada. A apuração das responsabilidades é urgente”, escreveu no Twitter. 

O ministro entra em concordância com uma ação movida pelos deputados federais petistas, Reginaldo Lopes (MG), Zeca Dirceu (PR), Alencar Santana (SP) e Maria do Rosário (RS), contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos e senadora eleita Damares Alves (Republicanos-DF). O pedido de investigação foi protocolado na Procuradoria-Geral da República (PGR). 

A intenção é responsabilizar as autoridades por suspeita de crime de genocídio em decorrência da situação emergencial que chegou a crise na TI. A representação também inclui todos os ex-presidentes da Funai durante o governo Bolsonaro – no período de janeiro de 2019 a dezembro de 2022.

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