Durante visita a Roraima, neste sábado (21/1), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se pronunciou sobre a crise sanitária vivida pelo povo Yanomami no estado. De acordo com Lula, as prioridades para lidar com a carência dos indígenas passam pela reestruturação do transporte no local, maior atendimento médico e o fim do garimpo ilegal na região.
- 99 crianças Yanomami morreram em 2022, diz Ministério dos Povos Indígenas
- Governo cria comitê para enfrentar crise sanitária da população Yanomami
"Eu posso dizer para você é que não vai mais existir garimpo ilegal. E eu sei da dificuldade de se tirar o garimpo ilegal, já se tentou outras vezes, mas eles voltam”, discursou Lula.
O presidente ainda apontou que a crise enfrentada pelos Yanomami é “desumana”.
A visita de Lula a Roraima ocorreu na Casa de Saúde Indígena (Casai) Yanomami, na zona Rural de Boa Vista, e foi acompanhada por uma comitiva de crise e pela ministra dos Povos Indígenas Sônia Guajajara.
99 crianças Yanomami morreram em 2022, diz Ministério dos Povos Indígenas
Segundo informações divulgadas pelo Ministério dos Povos Indígenas, nesta sexta-feira (20/1), 99 crianças Yanomami morreram ao longo de 2022 devido ao avanço do garimpo ilegal na região de Roraima, onde os indígenas residem. Ainda segundo a nota, as crianças tinham entre 1 e 4 anos de idade e sofriam — em maioria — de desnutrição, pneumonia e diarreia.
Governo cria comitê para enfrentar crise sanitária da população Yanomami
O governo federal instituiu um comitê de coordenação nacional para discutir ações de enfrentamento à desassistência sanitária das populações em território Yanomami. O grupo terá duração de 90 dias, de acordo com o decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros.
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