Jornal Correio Braziliense

TEMPORAIS EM SC

Cachorra mostra para bombeiros onde dono estava soterrado após chuva em SC

O dono da cadela é a quarta vítima do temporal que assolou Rodeio, no Vale do Itajaí (SC). Uma menina de 1 ano e meio ainda é procurada pelas buscas de salvamento

O Corpo de Bombeiros do Vale do Itajaí compartilhou um vídeo de um momento que marcou os agentes durante as operações de busca por vítimas do temporal que atingiu Rodeio, em Santa Catarina. No registro, uma cachorra indica aos bombeiros o local em que o dono estava soterrado após ser arrastado pelas águas da chuva, na terça-feira (17/1). Apesar do ato, Alaerte Borba de Paula já estava sem vida ao ser resgatado.

O episódio ocorreu na manhã desta sexta-feira (20/1), quando os agentes visitaram o perímetro no qual Alaerte foi visto pela última vez, acompanhados de cães farejadores. Cerca de 100 metros do ponto em que a busca foi iniciada, os bombeiros foram atraídos por latidos de uma cachorra, que estava parada em um ponto do terreno. Logo depois, a cachorra passou a cavar o local. Veja:

Os bombeiros começaram a cavar e retirar os destroços — que pertenciam a um rancho no bairro Diamante, e encontraram o corpo do homem de 50 anos. Ele é a quarta vítima do temporal que assolou a cidade. Uma menina de 1 ano e meio ainda é procurada pelas buscas de salvamento.

As chuvas atingiram Rodeio e outros municípios do Vale do Itajaí entre terça e a madrugada de quarta-feira (18/1). De acordo com o prefeito da cidade, Valcir Ferrari, cerca de 80% da área urbana foi atingida por algum dano causado pelas chuvas. Ele diz que o local “está em um cenário de guerra” e afirmou que a situação pode piorar após os bombeiros terem acesso à área rural — local em que os danos ainda não foram contabilizados.

O temporal causaram enxurradas, deslizamentos e invasão de lama nas ruas. Além de Alaerte, já foram encontrados, mortos, Reinaldo Lamim, de 41 anos e dois integrantes da mesma família, Geovane Tabaldi de Oliveira, de 30 anos, e Melyssa de Oliveira, de 4.

Os dois são, respectivamente, pai e irmã da criança de 1 ano e meio que ainda é procurada pelos bombeiros. A casa dos três foi arrastada por 700 metros em um córrego e depois desapareceu. A mãe das crianças estava no trabalho no momento da tragédia.

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