Depois da operação da Prefeitura de Belo Horizonte para desmontar um acampamento de bolsonaristas na Avenida Raja Gabaglia, a via amanheceu vazia neste sábado (7/1). A ocupação durou mais de dois meses, feita por manifestantes que não aceitam a derrota de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições presidenciais.
A concentração em frente à sede da 4ª Região Militar do Exército, no bairro Gutierrez, na região Oeste de BH, foi desmobilizada e, ainda que os participantes alegassem uma manifestação pacífica, o que se viu foi um cenário de conflito, inclusive com agressões a jornalistas que estavam no local para registrar a operação.
Aproximadamente 50 pessoas chegaram a voltar à avenida depois da desobstrução, na noite de sexta-feira (6/1), mas, nesta manhã, não havia mais ninguém por ali.
A Guarda Municipal veio a público pontuar, em coletiva de imprensa, que identificou indivíduos armados entre os manifestantes que eram altamente organizados, até mesmo pelo aspecto financeiro, com algumas pessoas inclusive recebendo dinheiro para continuar na avenida ao longo desse tempo.
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Agressora identificada
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) identificou uma mulher suspeita de agredir jornalistas durante a retirada do acampamento bolsonarista.
De acordo com a corporação, a manifestante foi identificada pela Guarda Municipal de BH, que comunicou à PCMG para dar prosseguimento às apurações.
A agressão aos profissionais ocorreu na sexta-feira (6/1), quando os manifestantes se irritaram com os jornalistas que cobriam uma ação da prefeitura para retirar as barracas concentradas no local.
"A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informa que apura os fatos, com base nos fatos narrados pelas vítimas, de 31 e 48 anos, em ocorrência registrada na tarde da última sexta-feira (06/01). Uma mulher, suspeita pela agressão, foi identificada pela Guarda Municipal de BH, que comunicou à PCMG para dar prosseguimento às apurações", informou a Polícia Civil.
A corporação aguarda concluir o caso para repassar mais informações.
Agressão a jornalistas
Na ocasião, repórteres da Band Minas e do jornal O Tempo foram violentados. Além do confronto corporal, os bolsonaristas tentaram quebrar e danificar os equipamentos utilizados pela imprensa.
Diante das agressões, os profissionais foram impedidos de trabalhar e a Guarda Municipal precisou intervir.
Na quinta-feira (5/1), um fotógrafo do jornal Hoje em Dia também foi agredido por manifestantes bolsonaristas que acampam em frente à sede do Exército. O fotógrafo tentou se esconder da intimidação atrás de um carro, mas foi arrastado pelo chão, recebeu socos, chutes e pauladas.
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