A Polícia Civil de São Paulo indiciou a estudante de medicina da Universidade de São Paulo (USP) Alicia Dudy Muller Veiga, de 25 anos, por nove vezes o crime de apropriação indébita e concurso material. A estudante confessou que desviou R$ 937 mil da formatura da turma.
No documento, a polícia pede a prisão preventiva da estudante, que, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública, está sob análise da Justiça.
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A defesa de Alicia disse em nota que os fundamentos apresentados para o pedido são vagos. "Por ser medida excepcional, somente é decretavel em casos de extrema necessidade", escreve o advogado Sergio Stocco Giolo. Ele declarou ainda que a defesa está "confiante no indeferimento de referido pedido".
Em nota, o Ministério Público disse que vai analisar as informações colhidas pela polícia para “firmar a sua convicção a respeito dos fatos, o que poderá ensejar o oferecimento de denúncia” ou investigações complementares.
De acordo com a investigação, o valor de quase R$ 1 milhão pago por estudantes de medicina para formatura foi usado para fins pessoais da investigada, como aluguel de imóvel, veículo e eletrônicos.
Alicia foi indiciada sob suspeita de apropriação indébita em nove ocasiões, isso porque ela obteve nove transferências do fundo de formatura para contas próprias de novembro de 2021 até dezembro de 2022.
Cada transferência pode ser considerada um crime cuja pena máxima é de quatro anos de reclusão. Assim, ela poderia pegar uma pena de até 36 anos.
Durante operação de busca e apreensão na casa da formanda, os investigadores encontraram anotações de consultas com videntes e mãe de santo. Foi encontrado também nas coisas de Alicia um caderno na qual a golpista anotava como iria se desculpar por não ter mais o dinheiro.
Também foram apreendidos celulares, um veículo Volkswagen Nivus, um tablet, cartões bancários e diversos documentos.
*Estagiária sob a supervisão de Thays Martins
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