O deputado federal eleito Nikolas Ferreira (PL-MG) disse que a tentativa do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de bloquear o seu canal no Telegram é equivalente a censura. Para ele, os parlamentares do Brasil ficam coagidos de se manifestarem, por temerem ser censurados.
"Um parlamentar, com a votação expressiva que eu tive, não pode se comunicar através das redes. É proibido falar no Brasil", disse Nikolas ao jornal O Estado de S. Paulo. Nikolas é o deputado federal mais votado da história de Minas. Ele teve mais de 1,4 milhão de votos.
Ontem, o ministro Alexandre de Moraes multou o Telegram em R$ 1,2 milhão. A empresa descumpriu uma determinação de suspender o canal do parlamentar e o ministro alegou que o Telegram colaborou indiretamente com "manifestações criminosas".
Em ofício enviado ao ministro, a empresa havia pedido que Moraes reconsiderasse a decisão de bloquear o perfil do Telegram do deputado. Os advogados do aplicativo afirmavam que algumas ordens da Corte voltadas à remoção de conteúdo são feitas com "fundamentação genérica".
Nikolas disse que não teve acesso ao processo e que não sabe quais foram os fundamentos usados por Moraes, mas classificou a multa como "deplorável".
"É multa para quem toma uma decisão diferente da dele [Alexandre de Moraes]. Realmente é um estado de exceção que a gente está vivendo", disse Nikolas.
A conta de Nikolas continua ativa no Telegram.
Saiba Mais
- Ciência e Saúde Telescópio japonês flagra espiral misterioso no céu do Havaí; veja vídeo
- Cidades DF Pai e filho mortos na chacina do DF serão enterrados nesta quinta (26/1)
- Cidades DF Chacina no DF: vídeo mostra a prisão de quinto suspeito de participar do crime; veja
- Política PSDB sobre fala de Lula: Quem chama impeachment de golpe ataca a democracia
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.