Nos dados divulgados recentemente pelo Ministério da Saúde sobre 2022, foi registrado ao menos um caso de morte de criança yanomami, com menos de um ano, em decorrência de agressão “por meios não especificados”. Os registros mostram que a situação se repete em quase todas as comunidades da Terra Indígena (TI) Yanomami, onde foi decretada a situação de emergência sanitária e humanitária pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em três das 20 comunidades que compõem a TI, Missão Catrimani, Marauiá e Demini, o registro aumenta para ao menos dois casos de criança com menos de um ano que faleceu por causa de agressão.
O local sofre constantemente com ameaças de garimpeiros. No ano passado, o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye'kwana (Condisi-YY), Júnior Hekurari Yanomami, denunciou o estupro de uma menina da comunidade de Palimiú, de 12 anos, que acabou em morte. Junto a isso, outra criança yanomami, de cerca de três anos, desapareceu ao cair no rio Uraricoera. Após a repercussão do caso, a comunidade indígena foi queimada e desapareceu.
Outros óbitos
Outra causa com grande ocorrência de óbitos é a pneumonia. As informações foram colhidas nos 37 Polos Base que compõe a área da TI durante o ano de 2022.
Ao todo, foram 99 crianças que morreram, além dos motivos mencionados, pela desnutrição e diarreia e outros fatores, como a agressão. O Ministério dos Povos Indígenas anunciou, ainda, que ao menos 570 crianças morreram por contaminação de mercúrio e fome.
Lula anunciou, neste sábado, o envio de 200 latas de suplementos alimentar para crianças, de várias faixas etárias, que serão enviados para a região indígena, que será entregue em uma operação que exigirá o deslocamento de 50 aviões de pequeno porte e helicópteros.
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