POVOS ORIGINÁRIOS

Indígenas do extremo sul da Bahia tentam marcar reunião com CIDH há um mês

A intenção de abrir diálogo com a Comissão Interamericana de Direitos Humanos era de denunciar os relatos de violência que se acumulavam nas terras indígenas no extremo sul da Bahia, Espírito Santo e Minas Gerais

Tainá Andrade
postado em 20/01/2023 20:09
 (crédito: Mauro Pimentel/AFP)
(crédito: Mauro Pimentel/AFP)

Na reunião do Gabinete de Crise instituído pelo Ministério dos Povos Originários, nesta sexta-feira (20/1), membros da Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste Minas Gerais e Espírito Santo (Apoinme) revelaram que há mais de um mês tentam uma audiência pública com a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, da Organização dos Estados Americanos (CIDH/OEA) para denunciar os conflitos que vivem na região do extremo sul da Bahia.

O relato envolve a violação de direitos que estão fazendo contra os povos indígenas Pataxó (Bahia), Tuxá (Minas Gerais, Pernambuco e Bahia) e Maxakali (Minas Gerais). Esse foi um dos motivos que levou a ministra Sonia Guajajara a solicitar a presença de um representante do Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, Comunicadores e Ambientalistas, alocado na pasta de Direitos Humanos, nas reuniões semanais do gabinete.

Além disso, foi pedido que a Força Nacional acompanhe a Terra Indígena (TI) Barra Velha, local onde viviam os dois indígenas mortos a tiros na última terça-feira (17).

“Nós não dormimos mais. Ficamos sempre alertas e preocupados com as nossas famílias. Queremos que o governo tire esses pistoleiros de lá. Nós somos os moradores originários e vamos lutar pelo nosso território”, disse uma liderança do povo Pataxó que vive na TI Barra Velha.

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