Três torres de transmissão de energia elétrica foram derrubadas na madrugada de segunda-feira (9/1), de acordo com informações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Os casos ocorreram no Paraná e em Rondônia e levaram o governo federal a criar, nesta terça-feira (10/1), um gabinete de crise coordenado pela Aneel, o gabinete de Acompanhamento da Situação do Sistema Elétrico Brasileiro. Apesar de o fornecimento não ter sido interrompido em nenhum dos casos, o Ministério de Minas e Energia (MME) acompanha o caso para garantir a segurança energética do país.
O mais grave ocorreu às 0h13 de segunda, na usina de Itaipu. Uma torre de transmissão que faz parte do sistema responsável por escoar a energia gerada para o restante do país foi derrubada por um trator e cabos de apoio foram cortados, segundo informações apuradas pelo jornal O Globo. Outras três torres foram avariadas na mesma região, em Medianeira (PR), a 50km de Foz do Iguaçu (PR). Outra linha de transmissão assumiu o escoamento da energia e não houve corte no fornecimento.
Outros dois casos ocorreram em Rondônia: uma torre teve seus cabos de sustentação cortados e caiu e outra foi derrubada. Também não houve interrupção no fornecimento de energia no estado.
Por conta das ações terroristas de ataque à infraestrutura básica, o MME montou gabinete de crise com diretores de todas as empresas de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, coordenado pela Aneel. O objetivo é entender as tentativas e atos de vandalismo na estrutura física e cibernética das instalações mapeadas como infraestruturas críticas do Sistema Interligado Nacional (SIN).
"Há indícios de vandalismo. Não foram identificadas condições climáticas adversas que possam ter causado queda de torres", aponta um trecho do boletim de acompanhamento do grupo. Os casos aconteceram após bolsonaristas radicais também tentarem impedir a distribuição de combustíveis com bloqueio em frente à diversas refinarias do Brasil, nesse caso as forças policiais locais dispersaram os movimentos.
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