Morreu, na madrugada desta terça-feira (10/1), no Hospital do Pronto Socorro João XXIII, no Bairro Funcionários, em Belo Horizonte, o menino Yan Henrique Almeida Cunha, de 2 anos, que estava internado em estado grave, vítima de maus-tratos.
Ele tinha hematomas e escoriações na cabeça. O pai, identificado pela polícia pelas iniciais M.D.R.D.S., de 31 anos, e a namorada dele, B.C.D.S., de 34, principais suspeitos do crime, estão presos. O homem foi indiciado por crime de omissão de socorro, e ela, apontada como responsável pelas agressões.
O fato ocorreu, segundo a Polícia Civil, na casa do pai, no Bairro Jaqueline, Região Norte da capital, onde a criança estaria desde a véspera do Natal.
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Segundo Boletim de Ocorrências (BO) da Polícia Militar, ainda no sábado, o pai teria saído para trabalhar e deixado a criança com sua namorada. Ao retornar, já de madrugada, encontrou a criança, desfalecida no sofá da sala da casa, com vários ferimentos, em especial na cabeça.
O pai teria questionado a namorada sobre o que teria acontecido e ela contou, demonstrando surpresa, que, o menino tinha dormido com ela na cama. Contou também que no almoço, no sábado, uma panela de frango com quiabo teria caído no chão da cozinha, que ficou engordurado, e que o menino teria escorregado e caído, batendo a cabeça.
Segundo a mulher, nesse primeiro momento, o menino estaria bem e se aproximou dela, pedindo colo, vindo a dormir, quando ela, então, o colocou no sofá.
O pai o levou para o Hospital Risoleta Neves, onde os médicos constataram que a criança tinha uma lesão na cabeça e escoriações no queixo.
A criança tinha tido duas paradas cardíacas e foi necessária a transferência para o João XXIII, onde morreu. Os médicos relataram, ainda, que a criança estava com as mãos tortas e as pernas duras.
O pai contou aos policiais que a criança já tinha esse quadro quando ele chegou em casa, no retorno do trabalho. Disse que tentou reanimar a criança, mas, como ela só ficava gemendo, quando decidiu levá-la ao hospital.
A primeira parada cardíaca teria acontecido no trajeto da casa para o Risoleta Neves. Depois de ser atendida, os médicos optaram por sua transferência para o HPS.
As agressões, segundo suspeitam os policiais, teriam começado no sábado, pois o pai contou que tinha saído para cortar o cabelo e quando estava no barbeiro, recebeu um telefonema da namorada, contando que o menino havia caído e batido com a cabeça. Na ocasião, a mulher contou que tinha dado um relaxante muscular, para que a criança se acalmasse.
Quando retornou, o pai disse que o filho parecia estar normal e que teria brincado com ele, antes de dar banho, o colocar para dormir e sair para trabalhar.
A mãe do menino, que está revoltada, contou aos policiais, que há duas semanas o menino havia retornado da visita ao pai com hematomas e, também, que uma das vezes, tinha sangramento num dos ouvidos.
O caso está sendo investigado pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, Menores e Idosos (Deam).
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