Pandemia

Ministério da Saúde confirma falta de vacinas contra covid para crianças

Com todas as faixas etárias até os 11 anos de idade desabastecidas, contrato da Pfizer com a pasta prevê a chegada de imunizantes somente no fim de janeiro. Ministério negocia antecipação do envio das doses

Tainá Andrade
postado em 06/01/2023 17:19 / atualizado em 06/01/2023 17:20
 (crédito: Fábio Marchetto/SES )
(crédito: Fábio Marchetto/SES )

O Ministério da Saúde comandado por Marcelo Queiroga deixou de herança o desabastecimento da vacina contra covid-19 para crianças de até 11 anos. Um contrato da pasta com a Pfizer prevê a chegada de novas doses no país somente no fim de janeiro, por isso, a atual gestão se reuniu com a farmacêutica para negociar a antecipação do envio dos imunizantes. A informação foi confirmada, nesta sexta-feira (6/1), pela secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Ethel Maciel.

“Nós estamos com esse desabastecimento. Fizemos uma reunião agora de manhã com a Pfizer (...). Vamos resolver o problema da entrega. Vamos tentar negociar melhor, mas a previsão de chegada é no final de janeiro. Então, isso que nós recebemos no governo anterior, vamos negociar para ver se conseguimos adiantar”, informou a gestora.


Para o público entre seis meses e quatro anos, o contrato da Pfizer com o Ministério da Saúde prevê o envio de 4,2 milhões de vacinas.Para a faixa etária entre cinco e 11 anos está previsto o recebimento de pouco mais de quatro milhões de unidades. Vale destacar que para as idades de 12 anos em diante, incluindo as vacinas adultas, há um excesso de imunizantes.

“Houve a ampliação da possibilidade de vacinação para o público de todas as crianças sem comorbidade. A gente tinha aquela limitação para criança só com comodidade e, agora, houve a nota técnica ampliando esse público. A gente vai negociar esse prazo para ver se conseguimos adiantar porque há falta nos estados neste momento e nós temos que resolver esse problema”, explicou Ethel.

Sem comunicação

Também tem atrasado a campanha da vacinação em diversas idades, além da falta de imunizantes, a interrupção de fluxos na comunicação entre estados, municípios e governo federal. Porém, segundo a secretária de Saúde, o canal será imediatamente restabelecido em uma “relação de parceria”.

“Os municípios pedem ao estado, o estado pede ao governo federal. Nós estamos conversando com o Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e o Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde) para restabelecer esses fluxos, que foram bastante interrompidos com alguns distúrbios que aconteceram nesse fluxo e que vai ser imediatamente estabelecido. Hoje, tivemos a reunião com os representantes das suas entidades para que a gente possa ver em que ponto está o problema”, relatou Ethel.

Transparência

Hoje também será feita a revogação do sigilo sobre as informações da Câmara Técnica Assessora de Imunização Covid-19 (Cetai). “Toda a nossa Câmara Técnica tem o dever de comunicar. Nós estamos trabalhando com o dinheiro público, então o alinhamento do governo Lula e da ministra Nísia [Trindade] é de que nós possamos trabalhar com transparência, com todos os dados”, frisou a secretaria de Saúde.

Por fim, uma reunião do comitê foi agendada para a próxima terça-feira (10) para que sejam discutidas ações de antecipação para o calendário da vacina contra covid-19, que passará a integrar o Plano Nacional de Imunização (PNI) e será feita junto com a campanha de vacinação da gripe. 

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