SAÚDE PÚBLICA

Ex-obesa não consegue perder barriga e descobre massa volumosa rara

Segundo médicos do Hospital São Vicente de Paulo, massa foi descoberta depois de a mulher, que era obesa, emagrecer e não perder a barriga

Aline Perucci - Especial para o Estado de Minas
postado em 06/01/2023 11:29 / atualizado em 06/01/2023 11:29
 (crédito: Divulgação)
(crédito: Divulgação)

A equipe médica do Hospital São Vicente de Paulo de Turmalina, no Vale do Jequitinhonha, realizou a retirada de uma massa ovariana de 13kg de uma mulher. O procedimento raro e de alto risco já havia sido rejeitado em outros hospitais da região. A mulher é da cidade de José Gonçalves de Minas, que fica próxima a Turmalina.

A paciente era obesa e, depois de ter perdido muito peso, o tamanho da barriga começou a chamar a atenção, já que não reduziu da mesma forma que o restante do corpo, ficando desproporcional.

Um ultrassom solicitado pelo ginecologista identificou a massa volumosa, no entanto, não foi possível medir o volume pelo aparelho de ultrassom. Ese fato levou o médico a encaminhar a paciente com urgência para cirurgia às macrorregionais de saúde, ontem, porém, ela teve o atendimento recusado.

  • Massa de 13kg retirada do corpo de uma mulher no Vale do Jequitinhonha Divulgação
 

“Como é uma massa muito volumosa, ela comprime os órgãos, como o pulmão, e fica difícil de operar. A chance dessa paciente evoluir para um óbito durante a cirurgia era muito grande. Possivelmente não aceitaram por isso”, explicou o diretor clínico do Hospital São Vicente de Paulo, Adson Alves Coutinho.

Os médicos conversaram com a família, expuseram os riscos, e os parentes autorizaram que a cirurgia fosse realizada em Turmalina.

O procedimento durou cerca de duas horas. A paciente ficou quatro dias na internação para o pós-operatório e 30 dias em atendimento ambulatorial.

A biópsia apontou que o material era benigno. “A partir de agora, é vida normal e só mesmo fazer o acompanhamento ginecológico de rotina”, comemora o médico.

A cirurgia foi feita em 17 de setembro do ano passado, mas o trabalho desenvolvido pelos profissionais de todos os setores que se envolveram nesse feito inédito do Hospital São Vicente Paulo só pôde ser divulgado no final de dezembro de 2022.

O diretor administrativo da instituição, Douglas Cordeiro dos Santos, explica que a demora na divulgação do procedimento ocorreu “por se tratar de uma cirurgia complexa". "Quisemos preservar a paciente deixando-a tranquila para a recuperação e para dar publicidade o resultado da biópsia era de suma importância."

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